Depois de muita discussão e pressão dos servidores, o projeto de lei que trata da unificação das carreiras do Judiciário em Minas Gerais foi aprovado em segundo turno, na manhã desta quarta-feira (27) pelo plenário da Assembleia Legislativa. A votação foi possível por uma acordo de líderes que garantiu a inclusão de uma emenda descongelando parcialmente as promoções no Tribunal de Justiça. O texto seguirá para sanção ou veto do governador Romeu Zema (Novo).
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ALMG aprova projetos que mudam carreiras no Judiciário e MPJustiça determina suspensão da greve de servidores do TJMGTJMG paga a juízes mais que a média nacionalA emenda aprovada pelo acordo de líderes prevê que o Tribunal possa indicar, via resolução, vagas no limite de até 25% nas classes subsequentes para a promoção vertical dos servidores. A possibilidade de evolução na carreira, no entanto, não é automática pelos termos aprovados, já que depende de regulamentação interna por parte do Judiciário.
O texto com a alteração e as demais emendas, que não tiveram parecer por serem apresentados em plenário, foram lidos pelo 1º secretário da Casa, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), antes da aprovação com 55 votos favoráveis e nenhum contrário.
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Concursos
A outra alteração aprovada dá a possibilidade ao TJMG de chamar aprovados em um concurso feito em 2017, ainda em vigor, para vagas que foram unificadas. Os futuros certames já ocorrerãocom as vagas da primeira e segunda instâncias unificadas.
Antes da aprovação, as deputadas Beatriz Cerqueira (PT) e Delegada Sheila (PSL) encaminharam o voto pela aprovação, admitindo que suas emendas ao projeto seriam rejeitadas em nome do acordo de líderes. “A redação apresentada pelo acordo de líderes foi avaliada pelos sindicatos. Não é tudo que queremos, não vejo motivo ainda para o tribunal fazer limitação para a promoção vertical, mas saímos para um avanço de 25% sobre os cargos colocados na unificação das carreiras”, afirmou a petista.
De acordo com o projeto de autoria do TJMG, não vai haver aumento na despesa com pessoal, que segundo o relatório do segundo trimestre deste ano foi de cerca de R$ 1 bilhão com 21.684 servidores.