A menos de um ano das próximas eleições municipais, a cidade e Ibitiúra de Minas, na Região Sul tem um novo prefeito. O escolhido com 62,19% dos votos pelos eleitores, que voltaram às urnas neste domingo (1), foi Alexandre de Cássio Borges, do Pros. O novo vice-prefeito é Aguinaldo Ferreira da Costa, o Gordo.
Os candidatos da coligação Progresso e Harmonia vão ser diplomados até o dia 19 de dezembro.
A chapa teve 1.370 votos contra 833 dos segundos colocados, José Maurício Gregório (PL) e Rodrigo Rodrigues de Souza (DEM), que concorreram respectivamente a prefeito e vice-prefeito e acabaram derrotados com 37,81% da votação.
A nova eleição ocorreu porque os eleitos em 2016 com 49,1% dos votos foram cassados por abuso de poder político durante a campanha. O Tribunal Regional Eleitoral tornou o ex-prefeito José Tarcisio Raymundo (PSDB) e o vice-prefeito Romildo do Prado Bernardo (PSD) inelegíveis por oito anos.
Os dois foram acusados pelo Ministério Público Eleitoral por usar a máquina pública em propriedade particular e por ameaçar servidores para obter votos.
Segundo a ação de investigação, houve aquisição de terreno com promessa de edificação de casas populares e retirada de cascalho em troca de votos. Foi apontada ainda uma reunião com funcionários contratados e motoristas terceirizados da Prefeitura de Ibitiúra de Minas na qual foi exigido apoio político e transporte para eleitores no dia da eleição.
Prefeito e vice chegaram a ser inocentados na primeira instância, mas a decisão foi revertida pelo TRE, que entendeu ter sido configurado o abuso de poder político. De acordo com o relator do caso, juiz Ricardo Torres Oliveira, houve pedidos de votos e ameaças de perda de emprego para quem não se engajasse na campanha
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral, 2.433 eleitores voltaram às urnas em Ibitiúra de Minas neste domingo, um comparecimento de 78,23% do eleitorado. Deles, 2,54% votaram em branco e 7,29% anularam a escolha.