Uma divergência sobre um dos artigos no projeto substitutivo que trata da antecipação do nióbio para o pagamento do 13º dos servidores fez com que o próprio vice-líder de governo, o deputado estadual Guilherme da Cunha (Novo), questionasse o texto na reunião da comissão de Minas e Energia desta terça-feira (3), na ALMG.
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ALMG marca votação de projeto que garante 13º de servidor para quarta-feiraDeputados colocam trava em PL do nióbio para evitar prejuízo de R$ 10 biZema admite que venda do nióbio terá valor menor, mas deve conseguir pagar 13º dos servidoresALMG aprova projeto do nióbio que garante 13º dos servidoresNovela do 13º salário dos servidores de Minas terá capítulo final na AssembleiaLideranças do governo e o relator do projeto ficaram irritados com Guilherme da Cunha. O deputado João Vitor Xavier (Cidadania) reclamou com o líder de governo, deputado Luiz Humberto (PSDB): "Isso é molecagem. É inadmissível".
"Problema é que ele quer um texto que permita a privatização da Codemig lá na frente sem discutir isso. Não é possível", disse João Vitor, em outro momento.
Já o deputado Sargento Rodrigues (PTB) comentou. "Ele levantou uma questão de um certo temor que o artigo quarto, no substitutivo, estaria impedindo uma possível negociação futura da Codemig, o que não procede. A interpretação jurídica do artigo não procede, até porque para uma futura venda da Codemig o governo terá que encaminhar um projeto de lei específico e dependerá da aprovação da Assembleia", explicou. "Esse é um entendimento pessoal e não é orientação dos líderes de governo", finalizou.
Rodrigues também acredita no parecer positivo ainda nesta terça-feira. "Vamos votar o parecer de Minas e Energia e Administração Pública e está aprovado o projeto". Vários deputados afirmam que foram pegos de surpresa pelos questionamentos de Guilherme da Cunha.
O vice-líder do governo na ALMG foi chamado no gabinete da maioria. Guilherme ficou lá por cerca de cinco minutos e voltou para a comissão, e a sessão foi retomada. Ao ser reaberta a sessão, Guilherme da Cunha sugeriu a retirada do artigo 4 do projeto substitutivo apresentado por João Vitor.