Um grupo de deputados do PSL, suspensos pelo partido, se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em uma tentativa para manter o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), como líder da bancada da legenda na Casa, mesmo com a punição da legenda que o suspendeu das atividades partidárias nesta semana.
"Nós pedimos apenas que Maia siga o regimento", disse a deputada Bia Kicis (PSL-DF). A intenção é convencer o presidente da Câmara que Eduardo foi escolhido pela maioria da bancada para ser o líder e, por isso, não deve perder a função. Eduardo se tornou líder após a chamada "batalha das listas" que destituiu o deputado Delegado Waldir (PSL-GO) do cargo.
Kicis é um dos 14 deputados suspensos pelo Conselho de Ética do partido. As punições foram confirmadas pelo Diretório Nacional do PSL na terça-feira, 3. O grupo ficou ao lado do presidente Jair Bolsonaro na disputa de poder que ocorreu dentro da legenda em outubro. Eduardo Bolsonaro (SP), Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG) e Daniel Silveira (RJ) receberam a pena máxima de 12 meses de suspensão. O parlamentar fluminense Carlos Jordy (RJ) será suspenso por sete meses, enquanto Carla Zambelli (SP) e Bia Kicis (DF) ficam suspensas por seis meses.
Além das punições, o PSL vai, nesta semana, começar a recolher assinaturas para uma nova lista para escolher o novo líder do partido na Câmara. A ex-líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (SP), é uma das candidatas. Ela vai disputar a vaga com um deputado ligado à bancada da segurança do PSL. Estão cotados o delegado Marcelo Freitas (MG) e Felício Laterça (RJ).
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