O presidente Jair Bolsonaro não dá sinais de que vai exonerar o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Ao menos a apoiadores, ele demonstra satisfação com o trabalho desempenhado pelo auxiliar. Nesta quarta-feira (18), na saída do Palácio da Alvorada, voltou a elogiar Weintraub, a defender as mudanças feitas na política educacional e citou que, na prática, o movimento Escola sem Partido está em operação. E, embora tenha citado Paulo Freire com desdém, evitou críticas pejorativas, como quando chamou o falecido educador de “energúmeno”.
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Escola sem partido
O presidente citou, ainda, que, em vez de falar o que aconteceu “de verdade” entre 1964 e 1985, período do regime militar, são publicadas “mentiras”. Questionado por uma apoiadora sobre a possível volta da educação moral e cívica nas escolas, Bolsonaro negou a possibilidade de retomá-la. “O que acontece com a legislação. Sou obrigado a cumprir a lei. Tem coisa para mudar em (20)22. Agora, essa filosofia do tal do tal de Paulo Freire... 16 anos e olha como está aí a educação”, criticou.
Questionado por um apoiador sobre a aprovação do projeto do escola sem partido, Bolsonaro disse que o governo operacionaliza a política educacional sem lei específica sobre o assunto. “Já botamos isso sem lei. Já tem impresso em livros e cadernos o que o aluno tem direito. (Se) o professor quer falar que o PT é legal, então o aluno pode falar o contrário sem ser perseguido”, sustentou.