O governo de São Paulo divulgou em dezembro uma peça publicitária sobre mobilidade em que afirma ter retomado "todas as obras paradas". Diferentemente do informado no vídeo, dois dos principais projetos de transporte do Estado ainda estão paralisados. Os trabalhos da Linha 6-Laranja do Metrô estão travados desde 2016, enquanto o Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas foi interrompido em 2018.
A propaganda do governo de João Doria (PSDB) estava disponível no canal oficial da gestão no YouTube desde 19 de dezembro. O vídeo foi apagado e substituído, no dia 30, após questionamentos feitos pelo jornal O Estado de S. Paulo. A nova versão do anúncio não cita a palavra "todas" ao falar sobre as obras retomadas.
À reportagem, o governo admitiu que havia um equívoco na propaganda. "Tão logo o equívoco foi constatado, a Secretaria de Comunicação notificou imediatamente a agência responsável pela produção da peça publicitária", informou a gestão Doria. O comercial também foi ao ar em emissoras de rádio nas últimas semanas.
O governo informou que as obras paradas do Rodoanel e da Linha 6-Laranja do Metrô ainda não foram retomadas "por questões burocráticas".
O secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, afirmou que a construção do metrô deve ser recomeçada no primeiro trimestre de 2020. Em novembro, a empresa espanhola Acciona comprou o contrato da implantação, manutenção e operação que havia sido assinado em 2013 entre o governo e o consórcio formado por Odebrecht TransPort, Queiroz Galvão e UTC.
A construção parou em 2016, após o início da Operação Lava Jato. Desde então, o consórcio realiza apenas segurança e limpeza dos canteiros de obras.
As primeiras escavações para a Linha 6 foram iniciadas em abril de 2015. A obra inclui 15,3 quilômetros de linha e 15 estações. O custo anunciado em 2013 era de R$ 8,9 bilhões, divididos entre Estado e concessionária. O governo bancou mais R$ 1,7 bilhão, principalmente para desapropriações.
O secretário de Logística e Transportes, João Octaviano Neto, informou que o governo aguarda diagnósticos, previstos para serem entregues neste ano, para abrir edital de licitação e, então, efetivamente dar início à conclusão da obra.
"Foram obras de emergência e urgência para manutenção de trechos que estavam abandonados e que estavam com problemas como acúmulo de água e taludes sem proteção", disse.
Maior obra do Estado, com R$ 10 bilhões já gastos, e alvo de denúncias de corrupção, o Rodoanel está paralisado desde o primeiro semestre de 2018. O governo calcula que sejam necessários entre 18 e 24 meses para terminar a rodovia.
Segundo o governo, outras obras de mobilidade que estavam paralisadas foram retomadas. A gestão citou trabalhos realizados nas estações da Linha 15-Prata, interrompidos desde agosto de 2018, e recomeçados e entregues em 2019; a extensão da Linha 9-Esmeralda da CPTM, suspensa desde 2017; e a Linha 17-Ouro do Metrô, relicitada em 2019. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A propaganda do governo de João Doria (PSDB) estava disponível no canal oficial da gestão no YouTube desde 19 de dezembro. O vídeo foi apagado e substituído, no dia 30, após questionamentos feitos pelo jornal O Estado de S. Paulo. A nova versão do anúncio não cita a palavra "todas" ao falar sobre as obras retomadas.
À reportagem, o governo admitiu que havia um equívoco na propaganda. "Tão logo o equívoco foi constatado, a Secretaria de Comunicação notificou imediatamente a agência responsável pela produção da peça publicitária", informou a gestão Doria. O comercial também foi ao ar em emissoras de rádio nas últimas semanas.
O governo informou que as obras paradas do Rodoanel e da Linha 6-Laranja do Metrô ainda não foram retomadas "por questões burocráticas".
O secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, afirmou que a construção do metrô deve ser recomeçada no primeiro trimestre de 2020. Em novembro, a empresa espanhola Acciona comprou o contrato da implantação, manutenção e operação que havia sido assinado em 2013 entre o governo e o consórcio formado por Odebrecht TransPort, Queiroz Galvão e UTC.
A construção parou em 2016, após o início da Operação Lava Jato. Desde então, o consórcio realiza apenas segurança e limpeza dos canteiros de obras.
As primeiras escavações para a Linha 6 foram iniciadas em abril de 2015. A obra inclui 15,3 quilômetros de linha e 15 estações. O custo anunciado em 2013 era de R$ 8,9 bilhões, divididos entre Estado e concessionária. O governo bancou mais R$ 1,7 bilhão, principalmente para desapropriações.
O secretário de Logística e Transportes, João Octaviano Neto, informou que o governo aguarda diagnósticos, previstos para serem entregues neste ano, para abrir edital de licitação e, então, efetivamente dar início à conclusão da obra.
"Foram obras de emergência e urgência para manutenção de trechos que estavam abandonados e que estavam com problemas como acúmulo de água e taludes sem proteção", disse.
Retomada
Maior obra do Estado, com R$ 10 bilhões já gastos, e alvo de denúncias de corrupção, o Rodoanel está paralisado desde o primeiro semestre de 2018. O governo calcula que sejam necessários entre 18 e 24 meses para terminar a rodovia.
Segundo o governo, outras obras de mobilidade que estavam paralisadas foram retomadas. A gestão citou trabalhos realizados nas estações da Linha 15-Prata, interrompidos desde agosto de 2018, e recomeçados e entregues em 2019; a extensão da Linha 9-Esmeralda da CPTM, suspensa desde 2017; e a Linha 17-Ouro do Metrô, relicitada em 2019. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.