O ano letivo nas escolas estaduais de Minas Gerais pode atrasar. Isso porque os servidores da educação cobram do governo o pagamento do piso salarial, além do pagamento do 13º atrasado. Cerca de 100 pessoas protestaram na tarde desta quinta-feira em frente ao prédio Minas, na Cidade Administrativa, exigindo alguma posição da Secretaria de Estado de Educação e do governo do estado.
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O início do ano letivo em Minas Gerais está agendado para 3 de fevereiro. Entretanto, o início das aulas nas escolas estaduais pode atrasar, caso a categoria defina por uma paralisação, conforme explica o diretor.
“Temos uma assembleia marcada para 5 de fevereiro, primeira semana do retorno às aulas, onde vamos discutir exatamente isso. A assembleia já é com indicativo de greve, e vamos colocar a proposta em votação. Há uma possibilidade grande de o ano letivo não iniciar. O governo alega que não pode pagar 8% do reajuste do piso porque está em crise, mas vemos altos gastos com dinheiro da educação e prometendo reajuste para outras categorias", completou.
Um dos manifestantes, Marcelo Abritta, professor de língua espanhola, explica que, além do piso e do 13°, a categoria tem outras reivindicações. "Tiraram o espanhol da grade, sou professor de espanhol. Estou sem trabalhar, sou efetivo, e não sei o que farão comigo. Não aceito trabalhar em outra área sem ser a minha. Esse é um caso, mas tem outros, como o de serventes das escolas, que estão diminuindo. Temos piso e 13° para tratar, se não houver acordo, a tendência é de greve, que não voltem as aulas. Usamos essa reunião de hoje, que trata da designação de professores, para externar nossa insatisfação", disse.
As secretarias de Educação e de Planejamento e Gestão devem se manifestar após a reunião, assim como o Sind-UTE.