A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota em que considera a denúncia contra o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, uma violação à liberdade de imprensa. Greenwald foi denunciado pelo Ministério Público (MPF) nesta terça-feira, 21, por supostamente ter aconselhado um hacker durante a invasão de celulares de autoridades públicas.
Na nota, a associação ressalta que, ao investigar o caso, a Polícia Federal não encontrou indícios de que Greenwald tivesse envolvimento nos crimes. "A conclusão está em relatório da PF de dezembro de 2019", diz a nota.
A Abraji afirma que os diálogos apresentados como provas não confirmam as acusações do promotor Wellington Divino Marques de Oliveira, que assinou a denúncia.
"Em nenhum momento, Greenwald buscou 'subverter a ideia de proteção a fonte jornalística em uma imunidade para orientação de criminosos', como afirma o procurador Oliveira", diz a nota da associação. "O procurador afirma também que Greenwald sabia que Molição e o grupo ainda estavam interceptando conversas privadas, quando conversaram. Mais uma vez, o diálogo transcrito não confirma a acusação."
A associação ainda faz uma apelo à Justiça Federal para que não aceite a denúncia "em respeito não apenas à Constituição, mas à lógica". "É um absurdo que o Ministério Público Federal abuse de suas funções para perseguir um jornalista e, assim, violar o direito dos brasileiros de viver em um país com imprensa livre e capaz de expor desvios de agentes públicos", completa a Abraji.
Na nota, a associação ressalta que, ao investigar o caso, a Polícia Federal não encontrou indícios de que Greenwald tivesse envolvimento nos crimes. "A conclusão está em relatório da PF de dezembro de 2019", diz a nota.
A Abraji afirma que os diálogos apresentados como provas não confirmam as acusações do promotor Wellington Divino Marques de Oliveira, que assinou a denúncia.
"Em nenhum momento, Greenwald buscou 'subverter a ideia de proteção a fonte jornalística em uma imunidade para orientação de criminosos', como afirma o procurador Oliveira", diz a nota da associação. "O procurador afirma também que Greenwald sabia que Molição e o grupo ainda estavam interceptando conversas privadas, quando conversaram. Mais uma vez, o diálogo transcrito não confirma a acusação."
A associação ainda faz uma apelo à Justiça Federal para que não aceite a denúncia "em respeito não apenas à Constituição, mas à lógica". "É um absurdo que o Ministério Público Federal abuse de suas funções para perseguir um jornalista e, assim, violar o direito dos brasileiros de viver em um país com imprensa livre e capaz de expor desvios de agentes públicos", completa a Abraji.