O presidente Jair Bolsonaro evitou falar com a imprensa na saída do Palácio da Alvorada nesta quarta-feira (22/1), sob a justificativa de que a Associação Nacional de Jornalistas (ANJ) o acusa de ser agressivo com os profissionais de comunicação. Ainda de acordo com chefe do executivo, a organização o teria processado. "Eu quero falar com vocês, mas a Associação Nacional do Jornalismo diz que, quando eu falo, eu agrido vocês. Então, como sou uma pessoa da paz, não vou dar entrevista, ok? Manda tirar o processo, que eu volto a conversar", disse Bolsonaro.
O presidente, no entanto, parece ter cometido dois equívocos. O primeiro, com relação à entidade que denunciou a agressões. Pertence à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) - e não à ANJ - o levantamento de que, dos 208 ataques à imprensa registrados em 2019, o mandatário foi responsável por 121. Ou seja, 58% do total.
O segundo engano diz respeito ao processo mencionado. A Fenaj nega ter movido qualquer ação contra Bolsonaro, embora admita que esteja se articulando para tal, ao lado de outras instituições. Outras organizações consultadas pela reportagem, ligadas ao jornalismo e/ou a jornalistas, também afirmam nunca ter entrado com ações contra o presidente.
O Correio solitou ainda que o Palácio do Planalto identificasse o referido processo, mas, até a publicação desta matéria, não obteve resposta.
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O Correio solitou ainda que o Palácio do Planalto identificasse o referido processo, mas, até a publicação desta matéria, não obteve resposta.