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Estado de Minas

Weintraub chama pedidos para que Bolsonaro o demita de 'boataria'

Ministro da Educação falou com a reportagem por telefone. Ele não quis comentar a crise do Enem/Sisu, que terminou com decisão da Justiça favorável ao governo


postado em 29/01/2020 13:50 / atualizado em 29/01/2020 13:58

(foto: Flavio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil)
(foto: Flavio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil)
O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, conversou brevemente com a equipe do Correio na manhã desta quarta-feira (29/1). Ele disse que não comentará a crise do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cujo as inconsistências em alguns resultados de avaliações levaram à suspensão das inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (Prouni), já liberadas pela Justiça. O ministro também chamou de “boataria” as conversas de que membros do governo estariam pedindo sua cabeça à Jair Bolsonaro.
“Essa boataria que estou saindo já completou um ano. Não quero nem mais responder esse tipo de conversa. Quando estava de férias, fiz uma postagem no Twitter, balança mas não cai. Já está ridículo”, criticou. Weintraub passa por momentos conturbados na gestão do Ministério da Educação. A crise do Enem veio logo depois de o ministro propagandear que essa seria a melhor avaliação da história dos exames, e transformou às queixas contra a pasta em caso de Justiça.

Nessa terça, ao falar sobre a crise do Enem/Sisu, o presidente da República, Jair Bolsonaro disse que o chefe da pasta continua no cargo “por enquanto”. “Sempre falo ‘por enquanto’ para todo mundo”, emendou. O chefe do Executivo também se reuniu ontem com Weintraub. O tema foi a liminar. Ele falou da coincidência dos momentos:  “Por coincidência caiu a liminar do Sisu”. O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, liberou a divulgação de resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e a Inscrição do Prouni na tarde de ontem.

Em Minas Gerais, onde corria outra ação, o juiz federal substituto Flávio Ayres dos Santos Pereira também deu ganho de causa ao MEC. “A suspensão das inscrições/alteração do calendário do Sisu 2020, Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e Prouni por prazo indeterminado e condicionado ao cumprimento de obrigações grandiosas, complexas e custosas, certamente acarretaria risco de danos irreversíveis ao ensino e à futura carreira de milhões de estudantes de todo o país, bem como comprometeria todo o calendário das instituições de ensino superior no ano de 2020”, afirmou dos Santos.

Por meio de nota, o MEC informou que os resultados estão disponíveis para os estudantes desde a noite de ontem, bem como “as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni)”. “No cronograma inicial, o término para concorrer às bolsas seria na próxima sexta-feira, 31. O MEC decidiu prorrogar o prazo por mais um dia, sábado, 1º de fevereiro, para que os candidatos tenham tempo suficiente de se inscreverem”, informa o texto divulgado esta terça (28).


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