O presidente Jair Bolsonaro ( sem partido), que tem agenda nesta quinta-feira (30) em Minas Gerais, onde está previsto sobrevoo em cidades mineiras atingidas pela chuvas, usou o twitter na manhã de hoje para tornar sem efeito a recontratação de José Vicente Santini, amigo de seu filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro ( (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ).
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Secretário demitido por usar avião da FAB já foi recontratadoUso de avião da FAB irrita Bolsonaro, que anuncia demissão de secretárioJuiz militar de Brasília torna réu sargento da FAB preso com cocaínaBolsonaro aumenta gastos com Defesa e diminui com Saúde e EducaçãoBolsonaro esvazia Casa Civil e abre espaço para reforma ministerialChefe da Comunicação de Onyx Lorenzoni deixa a Casa CivilReação das redes fez Bolsonaro anular recontratação de assessor da Casa CivilSantini foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro na terça-feira (28) após usar um jato da Força Aérea Brasileira (FAB) para uma viagem à Índia, onde o presidente cumpriu agenda oficial.
Bolsonaro disse, em coletiva à imprensa, na portaria do Palácio da Alvorada, assim que retornou da Índia, que considerou “inadmissível” o uso da aeronave em um voo para três servidores.
“O que ele fez não é ilegal, mas é completamente imoral. Ministros antigos foram de avião comercial, classe econômica. Eu mesmo já viajei no passado, não era presidente, para a Ásia toda de classe econômica”, lembrou Bolsonaro.
Represália
Bolsonaro não explicou o motivo do recuo. Porém, sinalizou, no mesmo tuíte da manhã desta quinta-feira, que a responsabilidade por recontratar Santini foi de Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil.
Também via tuíte, Bolsonaro aponta uma 'represália' ao ministro Lorenzoni, que perde o PPI, o plano de concessões e privatizações, para o Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.
O PPI já havia sido um prêmio de consolação para Onyx quando ele perdeu a articulação política do governo, que desde junho do ano passado passou para a Secretaria de Governo, comandada pelo general Luiz Eduardo Ramos.
Até aqui, o poder de Lorenzoni, que assumiu a pasta em janeiro passado, juntamente com a posse do presidente, vem sendo desidratado, deixando de ser um ministro que goza da inteira confiança de Bolsonaro como outrora.