Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Chuvas e críticas a Kalil dominam primeiro dia de trabalho na ALMG

Depois de 57 dias de recesso, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) retomou os trabalhos nesta terça-feira (04). As chuvas dos últimos dias, que, segundo a Defesa Civil, matou 12 pessoas neste ano na capital mineira e desalojou mais de 45 mil pessoas, não constava na pauta, mas foi um dos assuntos mais falados pelos deputados.


Alguns parlamentares da Casa criticaram e cobraram um posicionamento político adequado do prefeito Alexandre Kalil (PSD) frente às obras de infraestrutura que deveriam ter sido feitas na cidade para evitar novas ocorrências.

O deputado João Vítor Xavier (Cidadania) questionou os atos da atual administração do prefeito, alegando que Kalil não elaborou nenhuma proposta de projeto para corrigir os erros de infraestrutura da cidade, mesmo com recursos disponíveis nos cofres da prefeitura. “Kalil passou o ano inteiro dizendo que tinha R$ 1 bilhão para gastar em obras na cidade e não fez nada”, afirmou o parlamentar. Ele ainda declarou que o mandatário usou dinheiro público para a realização de vídeos institucionais para promover suas conquistas à frente do município.

Na sessão, a Mesa Diretora da Assembleia decidiu que realizará consulta pública para discutir a criação do dia de luto em memória às vítimas do rompimento da Barragem I da Mina do Córrego do Feijão, em 25 de janeiro de 2019, em Brumadinho, que deixou 270 mortes. 


 
Na abertura dos trabalhos do ano legislativo, na segunda-feira (03), o presidente da Assembleia, deputado estadual Agostinho Patrus (PV), afirmou que os primeiros projetos aprovados neste ano serão para a liberação de verbas para a prevenção dos estragos causados pelas chuvas no estado. 

"Entendemos que a Assembleia deve fazer um pacote de leis para a atenção ao que ocorreu nesses dias em Minas Gerais. Seriam legislações que tratariam da questão da antecipação dos recursos do acordo entre o governo do estado e os municípios, para que aqueles com situação emergencial já reconhecida pelo estado possam ter uma antecipação desses valores para, de imediato, fazer frente aos danos causados pelas chuvas", disse o presidente da Casa.
 
*Estagiário sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz