Dois projetos de lei prometidos pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para auxiliarem no combate aos estragos das chuvas no estado avançaram nesta quarta-feira, terceiro dia de trabalhos da Casa neste ano. Os textos passaram por uma das comissões temáticas, Constituição e Justiça. A expectativa é de que eles passem pela comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária nesta quinta e já possam ser votados em primeiro turno no mesmo dia, quando três sessões plenárias estão convocadas.
Um dos projetos autoriza o governo de Minas Gerais a antecipar, para cidades em situação de emergência, parcelas de recursos que ainda não foram pagos pelo Executivo. A dívida é referente a repasses obrigatórios de impostos que não foram feitos em 2017, 2018 e janeiro de 2019.
A outra proposta aborda isenções: das taxas para emissão de segunda via de documentos e de licenciamento para veículos atingidos pelas chuvas.
Segundo a Defesa Civil mineira, desde 24 de janeiro deste ano, 58 pessoas morreram em decorrência das chuvas e cerca de 53 mil estão desabrigadas ou desalojadas. Pelo menos 101 cidades tiveram o Decreto Estadual de Situação de Emergência (SE), e outras cinco decretaram Estado de Calamidade Pública (ECP).
Definição de blocos
Os blocos da ALMG foram finalmente definidos nesta quarta-feira, mas mudanças ainda podem acontecer. Somente um bloco ainda não havia sido confirmado: o da base de governo, chamado Sou Minas Gerais. Seis partidos (Avante, Novo, PSB, PSC, PSDB e Solidariedade) vão compor esse conjunto.
Entretanto, o PSB está em dois blocos, já que também foi lido como componente do Minas Tem História, que se autodenomina independente, com sete partidos. Caso o PSB não fique no bloco de apoio ao governo, ele deve ficar com 16 parlamentares, o mínimo permitido para se compor um bloco na ALMG.
A definição dos blocos deve ser oficializada até sexta-feira, depois de cinco dias de trabalhos na Assembleia neste ano.