A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (6) a Operação Gaveteiro, que apura desvios de dinheiro no Ministério do Trabalho. É alvo da operação o atual presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Ronaldo Nogueira, e Pablo Tatim, ex-assessor do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Nogueira é investigado por irregularidades no período em que era ministro do Trabalho no governo Michel Temer. Segundo a PF, entre os anos de 2016 e 2018, foram desviados mais de R$ 50 milhões do órgão. Uma medida cautelar foi expedida contra o político, proibindo-o de deixar o país.
São dois mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. A Justiça também determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 76 milhões nas contas dos investigados.
A Polícia Federal chegou aos indiciados por meio de um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) que apontava a contratação de uma empresa de teconologia como uma forma de dissimular a ação da organização criminosa que agia no Ministério do Trabalho. As empresas eram contratada para desenvolver sistemas de informática capazes de detectar fraudes no Seguro-Desemprego.
Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão.