O ex-ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), recém nomeado para chefiar o Ministério da Cidadania, negou na manhã desta terça-feira, que a retirada de poderes dentro do Palácio do Planalto e a nomeação do militar Walter Souza Braga Netto para o cargo, remeta a um ato de ingratidão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As informações são da Rádio Gaúcha, que entrevistou o ministro.
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Braga na Casa Civil; Onyx na CidadaniaPublicadas nomeações de Braga Netto na Casa Civil e de Onyx na Cidadania'Vou cumprir nova missão com mesmo zelo e empenho', diz OnyxOnyx Lorenzoni critica a mídia e o PT em evento no Rio Grande do Sul Ex-secretário de Finanças de Pouso Alegre é preso durante operação do MPBolsonaro: 'Queremos que índio tenha o mesmo direito que seu irmão fazendeiro tem'Bolsonaro: 'Não estou preocupado com reeleição, com trabalho ela vem'“Quando eu voltei das férias, me disseram: ah, o senhor ‘tá’ perdendo poder. Em nenhum governo o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) esteve na Casa Civil”, relativizou. Questionado se o presidente não havia sido ingrato a ele ao substituí-lo, disse: “Ingratidão? Jamais”, afirmou o ministro.
Lorenzoni foi eleito deputado pelo Rio Grande do Sul e foi um dos principais articuladores da campanha de Bolsonaro. Quando a candidatura do atual presidente ainda não tinha muitos apoios formais, ele abraçou a ideia se transformando em um dos maiores apoiadores da eleição de Jair Bolsonaro.
O ministro também comparou a função dentro de um governo com um time de futebol. “Eu jogo nas cinco. Agora, troquei de camisa e o presidente quer que eu vá fazer gol, e eu vou”, disse.
Sobre a nova pasta, o ministro afirmou que o programa Bolsa Família tem origem liberal. “Vamos fazer do Bolsa Família um sistema e uma importante ferramenta de construção de cidadania, mas vai ter larga porta de entrada e mais larga porta de saída.”
No primeiro ano de governo de Bolsonaro, o Bolsa Família registrou uma fila de pessoas aguardando para receber o benefício. Entre 2018, a fila pulou de zero para 494.229 famílias, maior espera desde 2015, quando mais de 1,2 milhão de famílias aguardavam o auxílio.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.