Uma nova emenda que estende o reajuste salárial para outras categorias do funcionalismo público de Minas Gerais será apresentada na tarde desta terça-feira (18) na comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa (ALMG).
Diferentemente da emenda que foi derrotada na mesma comissão na semana passada, que estendia o mesmo percentual da segurança para todos os servidores, desta vez a proposta prevê reajustes diferentes para as categorias. A emenda está sendo elaborada com a participação de lideranças dos blocos independentes.
Deputados que representam os servidores da segurança criticam a proposta e temem que o acordo atrapalhe o reajuste e que a disputa acabe judicializada em caso de veto do governador.
A articulação dos deputados tem como objetivo devolver para o governador Romeu Zema (Novo) o desgaste de vetar o reajuste para outras categorias, caso o estado não tenha como bancar o aumento para todas as categorias.
"Essa emenda tem o mesmo vício da emenda anterior. Alguns deputados estão fazendo gracinha com os servidores. A nova emenda tem contornos diferentes, mas a ilegalidade continua", afirmou o deputado Sargento Rodrigues (PTB), em discurso aos servidores da segurança que acompanham a votação na Assembleia.
Mais cedo, os deputados aprovaram em primeiro turno, por 60 votos a dois, o projeto que reajusta o salário dos servidores da segurança pública.
O reajuste, tratado no texto como "recomposição de perdas inflacionárias dos últimos cinco anos", será escalonado. O aumento chega a 41,7% até o fim de 2022, último ano do primeiro mandato do governador Romeu Zema (Novo).
O texto foi enviado pelo Executivo à ALMG no início de fevereiro e agora precisa ser aprovado na FFO para ser votado em segundo turno no plenário.
Nos corredores da Assembleia, servidores da segurança, saúde e educação acompanham a movimentação dos parlamentares. Clima é de tensão, com bate-boca entre os funcionários.