O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), criticou o comportamento do presidente Jair Bolsonaro em sua passagem por São Paulo nesta terça-feira, 18, onde participou de evento para o mercado financeiro realizado pelo Banco BTG Pactual, tal qual fizeram João Doria (PSDB-SP) e Eduardo Leite (PSDB-RS).
Bolsonaro, segundo um grupo de governadores que assinaram uma carta com críticas a declarações do presidente, tem feito ataques aos governadores e tenta fragilizar as instituições. Entre outras declarações do presidente, rebatidas pelos governadores, está a de que quem matou o ex-capitão Adriano da Nóbrega, acusado de participação na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) foi a Polícia do governador Rui Costa, da Bahia, que é do PT.
"O presidente tem que entender que não se pode antecipar investigações. Quando me perguntam sobre determinada prisão, determinada morte, minha opinião sempre é a de que precisa deixar a polícia investigar. Não nos cabe como governantes qualquer tipo de análise que pode ser, inclusive, incorreta", disse Witzel. "Não somos nós quem denunciamos nem julgamos. Quem faz isso são as instituições", criticou o governador fluminense.
A carta, de acordo com ele, "reflete o interesse dos governadores de discutir o Brasil, mas de forma clara". "Baixar o preço do combustível numa reforma tributária que até agora não caminhou no Congresso, resolver o problema do pacto federativo não caminhou no Congresso. O Brasil precisa de diálogo e a liderança do presidente é importante para isso. Ele tem que conversar com os líderes e com os presidentes das duas casas", disse Witzel.
De acordo com ele, a carta dos governadores refletem essa realidade. "A união de todos na busca de solução porque quem está com fome e sem emprego não pode esperar", disse.