O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (18/2), em Brasília. Ele participou de um encontro do PT no qual foram debatidas as eleições municipais deste ano e as novas estratégias do partido.
Entre os assuntos discutidos, esteve uma nova política de comunicação do PT, que deve aumentar a presença nas redes sociais, e propostas econômicas a serem apresentadas no Congresso Nacional. Uma delas trata de um plano emergencial para a geração de emprego.
"O Bolsonaro não tem um programa de governo até agora. Tem um plano de desmonte da estrutura pública brasileira. Desde que ele assumiu, a economia eu diria que teve um alento. Os empregos que são criados são os informais", disse Lula.
O petista declarou que existe uma proposta, do partido, para fazer com que o Banco Central deixe de atuar apenas no câmbio e outras áreas do mercado financeiro, mas também seja responsável por acompanhar e atuar em relação ao desemprego.
Candidaturas do PT
O ex-presidente afirmou que estão sendo avaliadas as candidaturas para as eleições municipais e sugeriu que Fernando Haddad não deve se candidatar à Prefeitura de São Paulo. "Quando o Haddad quiser ser candidato, ele será candidato. Tem uma disputa por prévias em São Paulo. Tem muitos nomes", completou.
Haddad, também presente no encontro, reforçou as declarações. "Teve uma etapa de inscrição para as prévias em São Paulo. Eu me inscrevi nas prévias? Eu fui candidato em 2012 e 2016", disse o ex-prefeito da capital paulista.
Ofensas a jornalista
Lula criticou ainda as declarações do presidente Jair Bolsonaro em relação à jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo. O presidente da República fez insinuações com teor sexual sobre a profissional.
"Já virou um comportamento cotidiano dele, ofender as pessoas. Lamentavelmente, me parece que a educação e o respeito não chegou à cabeça do governo Bolsonaro. Está na hora dele aprender bons modos", completou Lula.
O ex-presidente continua em Brasília nesta quarta-feira (19/2). Na parte da tarde, ele presta depoimento na Justiça Federal de Brasília. Lula é acusado de editar a medida provisória 471 para beneficiar montadoras. "É uma farsa, uma mentira", disse ele sobre a acusação.