O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou nesta quarta-feira, 19, o envio da Força Nacional de Segurança Pública para o Estado do Ceará, que virou palco de paralisação de policiais estaduais. A decisão do ministro atende ao pedido feito pelo governador Camilo Santana (PT) ao governo federal.
A decisão foi tomada após o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) ter sido baleado em um protesto de policiais que pedem aumento salarial, ao tentar furar o bloqueio de policiais militares em Sobral.
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Cid Gomes apresenta evolução clínica após ser baleado no CearáCiro Gomes: Cid Gomes foi vítima de dois tiros de arma de fogo por parte de PMsSenador Cid Gomes é baleado ao tentar 'furar' bloqueio em protesto de policiais no CearáCid Gomes está bem e será transferido para FortalezaCid Gomes tem alta de UTI e é transferido para enfermariaCiro reage a ataques de Eduardo Bolsonaro: ''será necessário que nos matem antes que milícias controlem o Ceará'' PF diz que Lula não será enquadrado na Lei de Segurança Nacional"Recomendo que sejam tomadas as necessárias providências para que o movimento paralisação seja encerrado o mais brevemente possível", escreveu o ministro.
Pedido de apoio
O governador do Ceará, Camilo Santana, solicitou ao governo Jair Bolsonaro o apoio de tropas para reforçar a segurança no Estado, após quatro batalhões da Polícia Militar serem atacados. Os ataques foram feitos por pessoas encapuzadas, mas há suspeita de que os responsáveis sejam policiais.
Segundo Santana, as ações foram feitas por homens mascarados que seriam "alguns policiais" e "mulheres que se apresentam como esposas de militares. O secretário de Segurança Pública do Ceará, André Costa, informou que três policiais militares foram presos em flagrante por estarem furando pneus de viaturas em Fortaleza, enquanto um oficial foi conduzido à delegacia em Juazeiro do Norte por estar com um capuz no bolso e armado. Outros 261 policiais estão sendo investigados por suspeita de participação nas ações.
Na Assembleia Legislativa, uma CPI foi protocolada para avaliar supostas irregularidades cometidas pelas associações que representam os agentes da segurança pública do Ceará e que ocasionaram essas paralisações. De acordo com o Ministério Público, 12 entidades serão investigadas. Nos últimos seis anos, elas receberam R$ 126,7 milhões de reais, mas apenas R$ 65 milhões foram movimentados.