A convocação feita pelo presidente Jair Bolsonaro para as manifestações contra o Congresso Nacional provocou nesta terça-feira, 25, reações no mundo político. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) usou o Twitter para criticar Bolsonaro. "A ser verdade, como parece, que o próprio Pr (presidente) tuitou convocando uma manifestação contra o Congresso (a democracia) estamos com uma crise institucional de consequências gravíssimas. Calar seria concordar. Melhor gritar enquanto se tem voz, mesmo no carnaval, com poucos ouvindo", escreveu FHC.
Leia Mais
Bolsonaro dispara vídeo convocando para ato contra o Congresso e o STFMolon pede convocação de reunião de emergência para contrapor BolsonaroLula cobra posição 'urgente' do Congresso contra vídeo de BolsonaroRodrigo Maia se une a FHC para criticar governo BolsonaroAs críticas e reações contra atitude de Bolsonaro de desafiar a democraciaParlamentares cobram reação de Maia e Alcolumbre a BolsonaroGeneral diz que não autorizou uso de imagem em vídeo divulgado por BolsonaroLíder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ) propôs uma reunião de emergência com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). "Esses absurdos, exageros e atropelos têm de parar", disse Molon.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE), candidato derrotado à Presidência, também cobrou uma reação. "É criminoso excitar a população com mentiras contra as instituições democráticas", postou Ciro no Twitter.
O jurista Miguel Reale Junior, autor do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, falou em "conspiração contra um dos Poderes da República". "Não sei o que ele (Bolsonaro) tomou nesse carnaval para esse ato de tamanha ousadia. É gravíssimo. Convocar a nação para desconstituir um Poder está entre os itens que justificam um impeachment." A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que "é inacreditável que o presidente atente contra as instituições e a democracia".
O deputado Marco Feliciano (sem partido-SP) defendeu Bolsonaro. "Estamos numa democracia", disse Feliciano. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que "é hora de os bombeiros aparecerem".