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Estado de Minas LEGISLATIVO MUNICIPAL

Partido de Kalil, PSD se beneficia de troca partidária e deve receber até 12 vereadores

Período tem início hoje; movimento já começa na Câmara de BH


postado em 05/03/2020 06:00 / atualizado em 05/03/2020 07:35

Plenário do Legislativo municipal deve ter mudança na configuração das bancadas com migração de parlamentares entre legendas (foto: Karoline Barreto/CMBH)
Plenário do Legislativo municipal deve ter mudança na configuração das bancadas com migração de parlamentares entre legendas (foto: Karoline Barreto/CMBH)

A janela partidária para os vereadores que buscam reeleição ou um cargo na Prefeitura de Belo Horizonte se abre hoje e fecha em 3 de abril. Com a “brecha”, que permite que os políticos possam mudar de sigla sem sofrer punições, alguns parlamentares devem definir a mudança de partido já partir de hoje. Outras alterações são ventiladas, principalmente as que envolvem o partido do prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil: o PSD. Até ontem, o partido tinha apenas um vereador. Segundo apurou o Estado de Minas, o número de parlamentares da atual legenda de Kalil pode crescer para 12 até o fim da janela. Um dos cotados para fazer essa migração é Catatau do Povo. Ele está sem partido atualmente e explica o que mais pode motivar uma mudança de sigla por parte de um político.

“Tem várias questões que envolvem essa janela. Alguns partidos não aceitam certos vereadores, por questão do número de votos, e aguardamos essa definição total. Mas tenho fidelidade muito forte com o prefeito (Alexandre) Kalil, eu era do partido dele, o PHS, que foi extinto, e agora ele está no PSD. Automaticamente, vamos ter uma boa conversa e, com certeza, caminhar junto com o prefeito”, disse Catatau do Povo.

Ainda segundo apurou o EM, dos 41 vereadores de BH, 22 devem mudar de legenda ou, no caso dos parlamentares sem partido, filiar-se a algum. A presidente da Câmara Municipal de BH, Nely Aquino, é uma das que deve mudar de sigla: do PRTB para o Podemos. Outros têm mais possibilidades, como é o caso de Carlos Henrique (PMN). “Tenho pretensão de mudar de partido sim, a direção do PMN mudou. Com isso, hoje avalio três possibilidades. Avaliamos várias coisas para tomar a decisão, como a chapa que o partido vai se colocar, não tem coligação mais. Nem é questão majoritária que estão avaliando mais, porque agora o vereador tem que preocupar com ele próprio para depois pensar de forma majoritária. Tem tempo de televisão, estrutura que a legenda dá, para assim tomar a decisão”, explicou.

Alguns dos vereadores sem partido ainda estão indecisos, tanto com o partido quanto ao cargo que disputará nas eleições municipais, que ocorrem em 4 de outubro deste ano, quatro meses depois do início da janela partidária. É o caso de Gabriel Azevedo, que também pode pleitear algum cargo na prefeitura neste ano.

“O que pesa para mim nesse cenário de escolha é que sou forte defensor das candidaturas independentes, as pessoas não deveriam ter uma filiação para se candidatar. Já que isso ainda não existe, buscarei e aceitarei o convite de uma legenda que garanta um abrigo partidário sobre uma condição de cláusula de independência. Também ainda não me decidi sobre a candidatura, posso ser candidato a algum dos cargos disponíveis nas eleições deste ano, mas todas essas decisões serão tomadas no tempo certo”, analisou Gabriel Azevedo.

“Inchaço” no PSD

O PSD ganhou força recentemente em BH e atingiu nível nacional. Além de ser o partido de Alexandre Kalil desde junho de 2019, a legenda ganhou o reforço de outro nome de peso: Antonio Anastasia, senador da República e ex-governador de Minas Gerais, que trocou o PSDB pelo PSD há menos de um mês. Carlos Viana é outro senador mineiro que é filiado à legenda. A tendência de vários parlamentares no PSD a nível municipal preocupa Maninho Félix, até então único representante da legenda na Câmara Municipal de BH. Segundo o parlamentar, a situação que se configura significa algo forçado.

“Desejo permanecer no partido. Gosto dele, sou filiado desde 2015, esse é o meu objetivo. Fico preocupado sim, porque, dentro dessa reforma política que está sendo feita, uma coisa que sou contrário é essa da janela. Ela favorece um inchaço do partido, não o crescimento em si. O partido tem que ter um crescimento natural, e o que estamos percebendo é que não vai ter. Essa é a crítica que faço, está sendo algo forçado, quase induzido. O PSD está em crescimento em nível nacional, temos dois dos três senadores, uma bancada de sete deputados mineiros, mas em BH não está crescendo, está inchando”, pontuou Maninho Félix.


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