O Tribunal Superior Eleitoral desaprovou as contas do Partido Republicano Progressista (PRP) do ano de 2014 e condenou a sigla a ressarcir R$ 236 mil que foram aplicados irregularmente. A agremiação também sofrerá com suspensão do repasse de cotas do Fundo Partidário por um mês.
Leia Mais
TSE identifica mortos em lista de apoios do Aliança pelo BrasilPartido que Bolsonaro tenta criar enviou assinaturas de eleitores mortos ao TSEPor unanimidade, TSE nega registro a Partido Nacional CorinthianoO vice-procurador-geral Humberto Jacques pontuou que a sigla "sacou dinheiro de uma conta corrente, colocou em um cofre do próprio partido e geriu o dinheiro em espécie, o que dá uma profunda opacidade dos gastos de dinheiro público".
"Não é esperável, ao ver do Ministério Público, que uma organização que se pretende vir a comandar a máquina administrativa e o funcionamento do governo e do Estado tenha uma prática dessa qualidade: de esvaziar sua conta bancária para escapar de uma ordem judicial, quando ela sabe que, de ordem judicial, se recorre, mas cumpre-se", afirmou Jacques.
A decisão foi unânime entre os ministros do TSE, que obrigaram o PRP a ressarcir o erário em R$ 236 mil com recursos do próprio partido. O valor corresponde a 14,14% do total destinado à legenda em 2014 (R$ 1,6 milhão). Por maioria, a Corte também decidiu suspender repasses do Fundo Partidário ao PRP por um mês.
COM A PALAVRA, O PATRIOTA, QUE INCORPOROU O PARTIDO REPUBLICANO PROGRESSISTA
Até o fechamento desta matéria, o Patriota, partido que incorporou o PRP em 2019, ainda não havia respondido à reportagem. O espaço está aberto a manifestações.