A Câmara Municipal de Uberlândia cassou o mandato dos vereadores Alexandre Nogueira (PSD) e Juliano Modesto (SD), na reunião ordinária desta sexta-feira. Eles estavam entre os 22 parlamentares da cidade do Triângulo Mineiro presos em dezembro de 2019 por suposto desvio de dinheiro público da Casa, denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Alexandre Nogueira teve o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar. A reunião aprovou o relatório da Comissão Processante, presidida por Adriano Zago (MDB), que teve como relator Thiago Fernandes (Patriota) e Antônio Carrijo (PSDB) como membro.
A Comissão Processante apresentou parecer pelo acatamento de duas denúncias: da compra de uma van em nome de terceiro e a criação de empresa em nome de terceiro para práticas delituosas. Gabriel Santos Miranda, denunciante do caso, acompanhou a reunião in loco, ao contrário do denunciado, que não estava presente.
Já o mandato do vereador afastado Juliano Modesto foi cassado por infração político-administrativa. Os 25 parlamentares que puderam votar aprovaram o relatório da Comissão Processante, que teve relatoria de Gláucia da Saúde (PMN) e foi presidida por Antônio Carrijo (PSDB), além de ter Misac Lacerda (PDT) como membro.
Ele foi condenado em três denúncias: obstrução de justiça, envolvimento em esquema de desvio de verba pública e uso inadequado de verba indenizatória. Denunciante e denunciado não marcaram presença na reunião.
Está em tramitação na Casa outros 12 processos de cassação. A Câmara de Uberlândia conta com 27 cadeiras. Leandro Neves (PSD) e Walkir Amaral (SD) serão os suplentes dos parlamentares cassados nesta sexta.