Vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant, anunciou nesta quarta-feira a saída do Partido Novo. O membro do Executivo reclamou do tratamento dado pela legenda ao projeto de lei que reajusta o salário dos servidores da segurança pública do estado, de autoria do governo. Brant deixou a sigla após a sanção parcial dessa matéria.
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Secretário de Governo pede demissão do cargo Governo de Minas sanciona parcialmente o reajuste salarial da segurança públicaSecretário de Governo diz que Zema deve vetar emenda que estende reajuste salarial a todo funcionalismoPresidente da Fiemg elogia Zema por vetar aumento de servidores: 'Decisão acertada e corajosa'Sanção parcial de reajuste salarial da segurança pública desagrada governistas da ALMGCongresso reduz circulação e prevê quarentena a parlamentaresAutora de emenda sobre reajuste salarial dos servidores reclama de falta de diálogo: 'Governo não conversa'Em outro trecho do comunicado, Brant critica com veemência o Novo. “Os resultados eleitorais revelaram claramente que o povo de Minas não votou no programa e na plataforma política do Partido Novo, mas sim em uma chapa que lhe pareceu capaz de renovar as práticas políticas tradicionais e, principalmente, resolver os problemas da população que estão no âmbito das competências dos estados federados”.
O Novo, ex-partido de Brant e atual legenda do governador Romeu Zema, foi contrário ao reajuste de 41,7% proposto pelo governo aos servidores da segurança. O Executivo, porém, aprovou somente uma parte da readequação, de 13%, o que desagradou os agentes.
Além de criticar publicamente o projeto de lei que reajusta os salários das forças de segurança, o Partido Novo entrou com uma Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) no Supremo Tribunal Federal (STF), em 26 de fevereiro deste ano. A medida pode barrar o reajuste proposto pelo governador, já que a legenda pede que governos estaduais sejam obrigados a incluir despesas com servidores inativos e aposentados na folha de pessoal.