O presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), criticou na noite desse domingo, 15, a participação do presidente Jair Bolsonaro nos atos pró-governo e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).
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Bolsonaro critica 'histeria' pelo coronavírus e convida Maia e Alcolumbre para conversaMaia chama de 'atentado à saúde pública' ida de Bolsonaro a protestos em Brasília Ministros do STF veem manipulação política em protestosBolsonaro volta a atacar Congresso, e diz que há 'ataque frontal' de Maia e AlcolumbreBolsonaro diz que há 'superdimensionamento' em relação ao coronavírusNo fim do dia, Bolsonaro comentou o assunto em uma entrevista à CNN Brasil e rebateu Maia e Alcolumbre. "Gostaria que Maia e Alcolumbre saíssem às ruas como eu. Saiam às ruas e vejam como vão ser recebidos", disse o presidente. Apesar da declaração, Bolsonaro afirmou que está disposto a se reunir com os dois parlamentares para alinhar uma "pauta de interesse da população". "Estão fazendo críticas. Estou tranquilo. Espero que não queiram fazer algo belicoso", disse o presidente.
'Não ajuda'
Parlamentares de partidos de direita e de centro também criticaram a atitude de Bolsonaro. "Deixem a fotografia e a história falarem por si", afirmou a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS). Para o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), a conduta do presidente "não ajuda neste momento" de "tantos desafios".
O líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), classificou o comportamento do presidente ontem como o de um "bufão". "Uma palhaçada com uma coisa tão grave como essa", disse o parlamentar.
Na avaliação do líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon (RJ), a participação de Bolsonaro na manifestação representa uma "ameaça à vida das pessoas". A líder do PSL na Casa, deputada Joice Hasselmann (SP), disse que a atitude do presidente é "incompreensível". "Não dá pra entender o comportamento irracional do presidente", declarou ela.