Após alguns autores do impeachment de Dilma Rouseff defenderem ações contra Jair Bolsonaro (sem partido) nesta segunda-feira (16), o filho do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro (sem partido) usou as redes sociais para ironizar e xingar a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP).
“Amada Janaina Paschoal, são 57.796.986 de brasileiros que votaram contra o sistema e a favor de Jair Bolsonaro. A senhora tem todo o direito de se arrepender, não a criticarei por isso. Mas nunca se esqueça: a vontade do povo é (e continuará sendo) soberana”, escreveu.
Mais cedo, Janaina Paschoal, que já chegou a ser cotada para ser vice de do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, disse ter se arrependido de votar nele. A declaração foi feita durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Na visão da parlamentar, Bolsonaro deveria deixar o cargo pois a situação é tão urgente que sequer há tempo para um processo de impeachment. Foi o pedido de impedimento que Janaina assinou ao lado dos juristas Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo – este morto em 2018 – que levou à queda da então presidente Dilma Rousseff em 2016.
Além da deputada estadual, o
jurista Miguel Reale Júnior defendeu que o Ministério Público peça que o presidente Jair Bolsonaro seja submetido a uma junta médica para saber se ele teria sanidade mental para o exercício do cargo.
Redes
Na tarde desta segunda-feira, a hasthag #ForaBolsonaro #ImpeachmentdoBolsonaroURGENTE estão entre as mais faladas no Twitter e nas redes sociais. Os internautas pedem que Bolsonaro seja punido por ter saído na rua, em meio à uma pandemia, para distribuir “abraços e apertos de mão” para os aliados.
Manifestações
No último domingo (15), Bolsonaro participou de um dos atos que aconteceram em todo país em defesa ao governo federal e que possuíam uma série de ataques ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente tinha anteriormente incentivado as manifestações em suas redes sociais.
Em frente ao Palácio do Planalto, sem máscara, o presidente participou dos protestos e até cedeu comprimentos de mão e abraços aos simpatizantes. Bolsonaro chegou a manusear o celular de alguns apoiadores para fazer selfie.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz