Jornal Estado de Minas

General Augusto Heleno está infectado pelo novo coronavírus


O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, foi diagnosticado com o novo coronavírus. A informação foi confirmada pelo próprio general, por meio das redes sociais. Ele afirmou que está assintomático, cumprindo isolamento e aguardando contraprova.




"Informo que o resultado do meu segundo exame, realizado no HFA, acusou positivo. Aguardo  a contraprova da FioCruz. Estou sem febre e não apresento qualquer dos sintomas relacionados ao Covid-19. Estou isolado, em casa, e não atenderei telefonemas", escreveu.

O general Heleno fez parte da comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro em viagem aos Estados Unidos. Este foi o segundo exame feito pelo ministro. No último dia 12 de março, o resultado deu negativo. O ministro está com 72 anos e integra o chamado grupo de risco.

Furo na quarentena

Além do general , outros quatro funcionários do GSI que integraram a equipe que acompanhou Bolsonaro na viagem também tiveram diagnóstico positivo para a doença.

Mesmo com o resultado negativo do primeiro exame, a recomendação médica era para que os integrantes da comitiva ficassem em quarentena por mais sete dias até a realização do novo exame.



O próprio Bolsonaro, no entanto, ignorou a orientação e cumpriu agendas diárias desde sexta-feira. No domingo, chegou a participar de manifestações de rua a favor do governo e contra o Congresso. Na ocasião, segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, teve algum tipo de contato com 272 pessoas.

O contato com uma pessoa infectada é uma das formas de transmissão do coronavírus. O presidente foi criticado por infectologistas e até por aliados por expor os manifestantes ao risco de contaminação pela covid-19 (caso esteja com o vírus incubado). 

Heleno também não ficou em isolamento total e despachou em seu gabinete no Palácio do Planalto mesmo após a confirmação de que teve contato com alguém infectado.

O ministro faz parte do grupo de risco da doença por causa da idade. A taxa de letalidade do vírus é considerada baixa (entre 2% e 3%, segundo a OMS), mas o número sobe para 8% em pacientes de 70 a 79 anos e chega a 15% em maiores de 80 anos, conforme estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China. 

Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) com base em dados de pacientes chineses apontou mortalidade de quase 22%.

(Com Estadão Conteúdo)