Após seguidas críticas à atuação de governadores, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 20, que está disposto a se encontrar com a classe e que nunca negou audiência para nenhum deles. "Da minha parte não tenho problema nenhum. Chegou uma carta deles aí. Já tá sendo estudada", disse. O presidente comentou que recebeu pedidos dos políticos e que parte já está resolvida, mas deu a entender que outras solicitações não poderão ser atendidas. "Tem dois governadores. O que eles querem, só o Papai Noel para dar para eles, tá certo? Todos nós quando fomos candidatos sabíamos dos problemas das suas respectivas áreas", afirmou.
O presidente afirmou que, mesmo diante da situação de calamidade pública, a lei de responsabilidade fiscal tem que ser cumprida. "Um outro governador aí quer zerar com dívida, mas aí não, porque apesar do estado de calamidade a lei de responsabilidade tem que ser cumprida", comentou. Ele disse que mesmo como presidente não tem "carta branca" para os gastos do governo. "E essa calamidade, não é nenhum gasto além daquilo que for necessário para o combate ao coronavírus. Não é uma carta branca para mim", declarou.
O presidente destacou que a cúpula de ministros também está à disposição dos chefes estaduais. "Os nossos ministros estão todos solícitos, ninguém está orientado a fugir de ninguém. O que for possível fazer da forma legal, porque a gente não pode se expor, nós faremos", afirmou. "Não terá qualquer discriminação de nossa parte para qualquer governador", reforçou.
O presidente ressaltou ainda que a guerra contra o novo coronavírus é responsabilidade não só do governo e da classe política, mas também do empresariado, com quem se reuniu mais cedo, e de toda a população. "Se Deus quiser vamos vencer essa batalha de forma menos traumática do que alguns outros países", completou.
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