O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 23, que, quanto mais jornalistas falarem sobre assuntos de "intriga e poder" entre ele e governadores, menos informada ficará a população sobre o combate ao novo coronavírus "e mais pânico será alimentado".
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Nas últimas semanas, Bolsonaro vem recebendo críticas de alguns governadores por atitudes como a de, no último dia 15 - já em meio a recomendações do Ministério da Saúde de se evitarem aglomerações -, ir cumprimentar, abraçar e tirar fotos em frente ao Palácio do Planalto com algumas centenas de pessoas que se manifestavam a seu favor e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).
No domingo, 22, à noite, em entrevista à Record TV, Bolsonaro se referiu ao que chamou de "parte" dos governadores de "verdadeiros exterminadores de emprego", acrescentando que a crise originada pela paralisação da maior parte da atividade econômica nos Estados é "muito pior do que o próprio coronavírus vem causando no Brasil e pode causar ainda".
Na mesma entrevista, ele alegou que "a grande mídia" e governadores estão "de olho" na sua cadeira e querem tirá-lo do poder "de qualquer maneira". "Se puder antecipar minha saída, eles farão isso daí. Mas da minha parte não terão oportunidade disso." Bolsonaro ainda listou, lendoanotações, eventos que contaram com número grande de presentes a que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), havia comparecido no início do mês.
Na véspera, falando à CNN Brasil, Bolsonaro chamou Doria de "lunático".