A Assembleia Legislativa de Minas Gerais fará nesta quarta-feira a primeira sessão remota da história do Parlamento mineiro. A medida é somente uma das adotadas pela Casa para tentar conter o avanço do novo coronavírus no estado e no Brasil. Na reunião desta tarde, o Legislativo aprovará o decreto de calamidade pública do governo estadual.
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Câmara de BH estende suspensão das atividades até o fim desta semanaAssembleia faz últimos ajustes para primeira sessão remota do Parlamento mineiroDeputado diz que está isolado em hospital, com suspeita de coronavírusPresidente da ALMG destaca importância do isolamento social para conter coronavírus: 'Melhor forma de achatar a curva'“Não restam dúvidas, em vista do panorama mundial, de que há razões suficientes para o reconhecimento da pandemia internacional do coronavírus como uma situação anormal, passível de enquadramento no estado de calamidade pública”, disse o deputado Hely Tarquínio (PV), relator do decreto governamental.
O Decreto 47.891 do governo de Minas Gerais, anunciado na última sexta-feira devido à pandemia da COVID-19, que reconhece calamidade pública e estabelece medidas para enfrentar a doença, será apenas uma das matérias a serem votadas. O coronavírus é considerado pela Casa assunto primordial e tem prioridade sobre os demais textos.
Outros projetos de lei poderão ser votados nesta tarde. Alguns textos tratam da isenção da cobrança de tarifas das contas de água e energia elétrica, além do impedimento do corte desses serviços em meio ao cenário de pandemia e isolamento social.
Somente um dos deputados estaduais mineiros está isolado com sintomas da COVID-19: Professor Wendel Mesquita (Solidariedade), que fará o teste na quinta-feira. Outros dois estão reclusos por recomendação de médicos: Doorgal Andrada (Patriotas) e Laura Serrano (Novo), que teve contato com uma pessoa infectada com coronavírus. Apesar disso, a presença de algum deles na sessão remota pode se confirmar.
A diminuição de três para uma reunião ordinárias por semana foi uma das primeiras medidas da Casa para tentar conter o avanço da COVID-19. A Assembleia também está isolada, sem a presença de populares e com o fluxo mínimo de funcionários e assessores. O Parlamento também já havia dispensado a presença de parlamentares acima dos 60 anos.
Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados na tarde dessa terça-feira, 46 pessoas morreram no Brasil por causa do coronavírus. Já os casos confirmados da COVID-19 no país chegam a 2.201 (130 em Minas Gerais).