Um dia depois de reiterar que estaria havendo ‘histeria’ em face da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o País está à beira do caos. “Se a economia colapsar, o caos está aí na nossa cara. Vamos ter problemas. Saque de supermercados...”, previu o o presidente, na manhã desta quarta-feira (25), na portaria do Palácio da Alvorada, em entrevista à imprensa.
O presidente recomendou que é preciso "botar esse povo para trabalhar".
Para Bolsonaro, não só a estabilidade da economia do país está ameaçada, como consequência das medidas protetivas para coibir a pandemia, conforme recomendações de autoridades sanitárias de todo o mundo, em especial o isolamento social.
Bolsonaro disse que o país poderá, além de entrar em recessão econômica, “sair da normalidade democrática". "Que vocês tanto adoram”, disse o presidente da República aos jornalista.
Antes dessa previsão catastrófica, Bolsonaro lembrou protestos recentes da população no Chile, deflagrados em outubro do ano passado. A sociedade chilena saiu às ruas ddiante de medidas antidemocráticas e impopulares do governo de Sebastián Peñera.
“O que aconteceu no Chile (onde houve saques e outras cenas de vandalismo, com forte repressão militar) será fichinha perto do que acontecerá no Brasil”, disse Bolsonaro.
Isolamento vertical
Bolsonaro afirmou ainda que pedirá ao Ministério da Saúde mudança na orientação de isolamento da população durante a pandemia do novo coronavírus.
Conforme o presidente, ele vai conversar com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre a decisão.
Após fazer um pronunciamento criticando o confinamento e defendendo a abertura de comércios e escolas, o chefe do Planalto pediu a adoção do que chamou de "isolamento vertical", ou seja, somente para idosos e portadores de comorbidades.
"Conversei por alto com o Mandetta ontem (terça). Hoje vamos definir essa situação. Tem que ser, não tem outra alternativa", disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada. "A orientação vai ser vertical daqui para frente. Eu vou conversar com ele e tomar a decisão. Não escreva que já decidi, não. Vou conversar com o Mandetta sobre essa orientação."
Demagogia
Bolsonaro primeiro disse que "certas autoridades'' autoridades municipais e estduais estão adotando medidas "alem da norlaidade", se referindo às restrições de circulação coletiva e manutenção apenas de serviços essenciais, supermercados, farmácias e hosipitais.
"Agem como veradiros donos de seus estados", afirmou, para em seguida nomear: "em especial, os governadores de São Paulo ( João Doria) e do Rio de Janeiro (Wilson Witzel), que estão fazendo demagogigia barata".