O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quarta-feira, que não recebeu ajuda para escrever o texto do discurso feito na noite de terça-feira (24) em rede nacional e que o teor do que disse representa suas ideias sobre a pandemia do novo coronavírus.
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Crítica de Alcolumbre
Pouco depois do discurso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o vice-presidente da Casa, Antônio Anastasia (PSDB-MG), divulgaram uma nota em que classificaram como "grave" o posicionamento de Bolsonaro, que continha críticas às medidas de contenção da Covid-19 e à imprensa.
Sobre a nota, Bolsonaro se limitou a dizer: "É um direito dele. Mas se eu falo um 'a' contra eles, é uma crise institucional. Quero solução. Vou ligar para o Davi hoje, se bem que ele ainda está confinado. Vou ligar para ele", disse.
Bolsonaro ainda foi questionado se os dois nomes de pacientes com testes positivos para o novo coronavírus sonegados à Justiça pelo Hospital das Forças Armadas (HFA) fazem parte do governo. "Não sei rapaz. Quem omitiu? Está acusando o HFA de mentir, rapaz? Você acha que estou escondendo alguma coisa? Está na lei que esses laudos é segredo. Quiser que eu te mando a lei, eu mando a lei pra você aqui. Respeita a lei, pô”, concluiu.
Discurso
Durante os quatro minutos em que discursou na noite de ontem (24), Bolsonaro defendeu a reabertura de escolas, o fim do confinamento e ainda culpou a mídia por "histeria".
Em outro trecho, ele defendeu a volta da "normalidade" no país. "O vírus chegou. Está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar. empregos devem ser mantidos, o sustento da família deve ser preservado. Devemos sim voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa. O que se passa no mundo têm mostrado que um grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Então, por que fechar escolas?", questionou.