O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) compartilhou nesta quarta-feira uma notícia sobre a mudança de estratégia do governo italiano para “combater o alarmismo” contra o coronavírus e para “proteger a economia”. Nada de mais, se não se tratasse de uma matéria antiga publicada pelo El País em 28 de fevereiro, há quase um mês, quando a Itália registrava 17 mortes causadas pela Covid-19. Atualmente, o governo contabiliza 7.503 óbitos ocasionados pela doença.
Após o tweet do parlamentar, filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), vários internautas confrontaram o deputado, destacando que se tratava de uma notícia velha, de um período em que as circunstâncias de combate ao coronavírus eram diferentes das aplicadas diante do panorama atual.
No topo da publicação do El País há, inclusive, uma nota da redação, esclarecendo que se trata de uma matéria antiga: "Esta reportagem foi publicada em 28 de fevereiro, quando a Itália registrava 17 mortes por coronavírus. Desde então, o país mudou drasticamente a política para endurecer o isolamento e tentar estancar as milhares de mortes que colapsam o sistema de saúde."
No topo da publicação do El País há, inclusive, uma nota da redação, esclarecendo que se trata de uma matéria antiga: "Esta reportagem foi publicada em 28 de fevereiro, quando a Itália registrava 17 mortes por coronavírus. Desde então, o país mudou drasticamente a política para endurecer o isolamento e tentar estancar as milhares de mortes que colapsam o sistema de saúde."
Minutos depois da publicação, a postagem foi apagada por Eduardo Bolsonaro.
O discurso “contra o alarmismo” e de “volta à normalidade” também foi propagado pelo presidente da República em um pronunciamento nessa terça-feira, quando Jair Bolsonaro voltou a atacar a imprensa e dizer que a Covid-19 é apenas uma “gripezinha”. O presidente foi alvo de críticas de grande parte da sociedade civil, de especialistas em saúde e da classe política, inclusive dos presidentes da Câmara e do Senado – Rodrigo Maia e David Alcolumbre, ambos do Democratas – e de vários governadores.