Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS

Mandetta diz que indígena que veio do exterior não respeitou quarentena

 

Um indígena que veio do exterior não respeitou as recomendações de se manter em quarentena por 14 dias e retornou à sua aldeia, que pode estar vulnerável à COVID-19. As informações foram dadas pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em coletiva no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (1º).



 

Mandetta não deu o nome do indígena nem de qual etnia ele é membro. A fala do ministro ocorreu no mesmo dia em que o governo do Amazonas confirmou o primeiro caso da doença nesse grupo da população brasileira.

 

De acordo com o ministro, a saúde dos indígenas é uma das prioridades da pasta. Isso porque os índios têm o sistema imunológico mais vulnerável a viroses, fazendo com que uma eventual proliferação custe várias vidas.

 

O chefe da Saúde federal também ressaltou que muitos índios vivem em ambientes com bastante aglomeração, que é um dos agravantes para a transmissibilidade do coronavírus.



 

Primeiro caso

 

O governo do Amazonas e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) confirmaram, nesta quarta, que uma indígena moradora de Alto Rio Solimões testou positivo para o novo coronavírus.

 

Trata-se de uma jovem de 20 anos, que trabalha como agente de saúde. Ela foi diagnosticada na cidade de Santo Antônio do Içá.

 

De acordo com a Sesai, tudo leva a crer que ela pegou a doença de um médico – o primeiro profissional desse tipo infectado no Brasil. Ele passou férias no Sul do Brasil.

 

A equipe do médico contava com 15 integrantes. Doze pacientes indígenas também conviveram com ele.

 

Todos estão em isolamento e fizeram testes para a detecção do novo coronavírus. No entanto, apenas a mulher testou positivo.