Logo após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), criticar explicitamente o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a esposa do ministro da Justiça, Sérgio Moro, tomou partido no debate. “Entre ciência e achismos eu fico com a ciência”, afirmou a advogada Rosângela Wolff Moro pelo Instagram.
Rosângela seguiu: “Se você chega doente em um médico, se tem uma doença rara você não quer ouvir um técnico? @henriquemandetta tem sido o médico de todos nós e minhas saudações são para ele. In Mandetta I trust”.
Pouco depois da publicação, a mensagem foi apagada da rede social de Rosângela.
A esposa de Moro já havia se posicionado favoravelmente ao isolamento social para tentar frear a disseminação do coronavírus. Em um post anterior, ela diz: “Manter distância passou a ser uma forma de amor e cuidado e respeito. Aqui na minha cidade, na #republicadecuritiba tenho visto cidadãos extremamente conscientes e mantendo a distância necessária quando em locais públicos. Se sair preciso for #mantenhadistância. Distanciar-se é sinal de respeito”.
A esposa de Moro já havia se posicionado favoravelmente ao isolamento social para tentar frear a disseminação do coronavírus. Em um post anterior, ela diz: “Manter distância passou a ser uma forma de amor e cuidado e respeito. Aqui na minha cidade, na #republicadecuritiba tenho visto cidadãos extremamente conscientes e mantendo a distância necessária quando em locais públicos. Se sair preciso for #mantenhadistância. Distanciar-se é sinal de respeito”.
Ciência x Achismo
Em entrevista à Rádio Jovem Pan nesta quinta, Bolsonaro declarou o que já estava explícito – a discordância entre ele e o ministro da Saúde. Diferentemente do presidente, Mandetta tem destacado a importância de se manter o isolamento em todo o país para evitar a contaminação em massa da população.
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Bolsonaro chegou a falar que falta humildade a Mandetta. “Em alguns momentos, acho que o Mandetta teria que ouvir mais o presidente. Ele disse que tem responsabilidade, mas ele cuida da saúde, o Paulo Guedes da economia e eu entro no meio. O Mandetta quer fazer valer muito a vontade dele. Pode ser que esteja certo, mas está faltando humildade para ele conduzir o Brasil neste momento”.