O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, deu detalhes sobre a relação conturbada com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste período de crise por causa do coronavírus. Após Bolsonaro dizer, nessa quinta-feira (2), que ‘falta humildade’ ao chefe da pasta de Saúde, Mandetta diz que ‘entende as reações’ e que ‘vê uma vontade muito grande de acertar’ por parte do presidente.
Rígido defensor do isolamento social, Mandetta diz que é ‘sensível’ aos efeitos colaterais trazidos pela medida, sobretudo na economia, área na qual Bolsonaro justifica para tentar afrouxar as regras de contenção de contágio do vírus. No entanto, o ministro da Saúde defende medidas sociais para que as pessoas não fiquem desamparadas financeiramente, sobretudo os trabalhadores informais.
“É um tratamento mais lento e que tem reflexos na economia. Não somos insensíveis a esse tratamento, tem efeitos colaterais, principalmente para o brasileiro mais carente. É por muitos deles que o presidente se movimenta. É o cara do espetinho, da economia informal… para isso o remédio são políticas sociais que estão sendo aprovadas”, disse.
Mandetta voltou a mostrar bastante temor com o colapso no sistema de saúde, exemplificando casos de diversas partes do mundo, como Estados Unidos e Itália, que registraram números bastante elevados de pessoas infectadas pelo coronavírus. Apesar das divergências com Bolsonaro, o ministro frisou que tem tentando buscar alternativas para minimizar os efeitos da COVID-19 no país, mas que ‘não tem fórmula pronta’.
"Essa relação hoje que, por vias tortas não-programadas, acaba trazendo espaço para uma preocupação. Eu não sou o dono da verdade, eu simplesmente estou vendo o paciente e indicando um caminho para percorrer com os meus colegas da ciência. É normal também às vezes você chegar num médico e ele falar que seu caso é de cirurgia e daí você quer escutar uma segunda opinião. Aí o outro médico fala que seu caso não é de operar, que tem tratamento conservador. E o paciente manifesta qual é sua vontade sobre qual tipo de tratamento prefere. Isso é possível. Não temos uma fórmula pronta para essa epidemia, porque o mundo não tem”, concluiu.
“O paciente agora é o Brasil. É normal que as pessoas que estejam no entorno e que tenham um amor profundo ao paciente Brasil, que é o caso do presidente Bolsonaro, se preocupem, questionem. Mas o que eu vejo é uma vontade muito grande de acertar, de acharmos um caminho todos juntos para levar o paciente até um porto seguro. Então, da minha parte, isso é muito tranquilo. Entendo que as reações são assim, não é nada desconfortável”, disse Mandetta em entrevista coletiva nesta sexta (3).
“É um tratamento mais lento e que tem reflexos na economia. Não somos insensíveis a esse tratamento, tem efeitos colaterais, principalmente para o brasileiro mais carente. É por muitos deles que o presidente se movimenta. É o cara do espetinho, da economia informal… para isso o remédio são políticas sociais que estão sendo aprovadas”, disse.
Mandetta voltou a mostrar bastante temor com o colapso no sistema de saúde, exemplificando casos de diversas partes do mundo, como Estados Unidos e Itália, que registraram números bastante elevados de pessoas infectadas pelo coronavírus. Apesar das divergências com Bolsonaro, o ministro frisou que tem tentando buscar alternativas para minimizar os efeitos da COVID-19 no país, mas que ‘não tem fórmula pronta’.
"Essa relação hoje que, por vias tortas não-programadas, acaba trazendo espaço para uma preocupação. Eu não sou o dono da verdade, eu simplesmente estou vendo o paciente e indicando um caminho para percorrer com os meus colegas da ciência. É normal também às vezes você chegar num médico e ele falar que seu caso é de cirurgia e daí você quer escutar uma segunda opinião. Aí o outro médico fala que seu caso não é de operar, que tem tratamento conservador. E o paciente manifesta qual é sua vontade sobre qual tipo de tratamento prefere. Isso é possível. Não temos uma fórmula pronta para essa epidemia, porque o mundo não tem”, concluiu.