O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), se esquivou dos recados do presidente Jair Bolsonaro dados neste domingo, 5, que sinalizou que poderia demitir do governo quem está "se achando". Questionado pela reportagem cerca de uma hora após as declarações, Mandetta afirmou que ainda não tinha visto a frase. "Eu estou dormindo", disse, parecendo bocejar ao telefone. "Amanhã eu vejo, tá?", completou, antes de encerrar a ligação.
Bolsonaro disse a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada que "algo subiu na cabeça" de alguns de seus subordinados, mas que a "hora deles vai chegar". "A minha caneta funciona", afirmou Bolsonaro. "Algumas pessoas no meu governo, algo subiu a cabeça deles. Estão se achando. Eram pessoas normais, mas de repente viraram estrelas. Falam pelos cotovelos. Tem provocações. Mas a hora deles não chegou ainda não. Vai chegar a hora deles. A minha caneta funciona. Não tenho medo de usara a caneta nem pavor. E ela vai ser usada para o bem do Brasil, não é para o meu bem", disse Bolsonaro.
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No dia seguinte às declarações do chefe, Mandetta disse que continuaria no governo, afirmando que um médico não abandona o seu paciente.