Depois do ‘dia do fico’, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta voltou a reforçar a recomendação de isolamento social. Para o chefe da pasta, a medida é essencial para proteger pessoas em situação mais vulnerável, visto que o país não estaria preparado tratar uma grande quantidade de pessoas contaminadas pela Covid-19.
“A sociedade precisa entender que a movimentação social é tudo que esse vírus, que o nosso inimigo, quer. Essa movimentação vai levar esse vírus para as camadas mais frágeis da nossa sociedade, as camadas mais numerosas, para os moradores de rua, para as comunidades, favelas, para as grandes concentrações urbanas”, disse o ministro.
Ele complemetou: “Vida é vida, não tem nenhuma pessoa que chegue que não será atendida pelos serviços médicos. Nós não estamos preparados para uma escalada de casos nas nossas grandes metrópoles”.
Sobre uma eventual flexibilização das medidas de distanciamento entre pessoas, o ministro da Saúde não se furtou a tomar partido na queda de braço política travada entre o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) – contrário ao isolamento – e os governadores dos estados – que defendem a manutenção da quarentena. Mandetta afirmou que, no momento, o melhor a se fazer é seguir as recomendações dos chefes dos Executivos estaduais.
“Temos condicionantes. Enquanto não tivermos regularização de estoque, de EPI, de previsibilidade de colocação de ventiladores, respiradores, enquanto não tivermos as condições de mudar as recomendações, nós reforçamos que devem ser seguidas as recomendações dos governadores de estado”, declarou.