Na segunda-feira (6), a administração estadual informou que pagará os salários integrais das áreas da saúde e da segurança pública nesta quinta-feira, antes do feriado da sexta-feira da paixão.
A administração estadual, porém, não divulgou a escala de pagamento dos demais funcionários. Nesta terça-feira, o governador Romeu Zema (Novo) reforçou, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, que não há previsão.
"Um absurdo! Inaceitável. Famílias que ficarão sem salário, mesmo o Estado tendo recebido os recursos específicos para investir em educação", reagiu Beatriz Cerqueira. O Estado de Minas entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação e aguarda um posicionamento.
A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, afirma que são cerca de 400 mil servidores da educação que correm o risco de ficar sem salários, além de mais de 40 mil servidores que ainda não receberam o 13º salário. "A situação é caótica. Ele anunciou o pagamento dos servidores da saúde e da segurança e deixa a educação de fora?", questiona.
Além disso, Beatriz Cerqueira afirma que não vêm sendo investidos os recursos da educação fixados pela Constituição - 25% da receita do Estado. Denúncia nesse sentido foi encaminhada ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal, cobrando providências.
"No primeiro bimestre de 2020, o governo do estado só investiu 14% do recurso que recebeu, sendo que deveria ter investido 25%. Isso significa que cerca de R$1,1 bi deixaram de ser investidos em educação. Há, portanto, um desvio de recursos da área", disse a parlamentar.
A expectativa da presidenta da Comissão é que o requerimento seja atendido com urgência pelo governo do Estado, reduzindo, assim, a insegurança e instabilidade dos servidores da educação que afetam também a comunidade escolar.