O presidente Jair Bolsonaro, em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, disse que tem orientado a equipe ministerial, desde o começo da crise causada pelo novo coronavírus, para tratar do "emprego e vírus juntos".
O presidente defendeu o uso da hidroxicloroquina - medicamento em estudo para uso contra a covid-19 - como saída para a doença e reforçou que fez a indicação do remédio "há 40 dias", a partir do início da pandemia. Bolsonaro elogiou as declarações do médico cardiologista Roberto Kalil pelas declarações a favor do uso do medicamento em certos casos.
Durante a sua fala, Bolsonaro voltou a falar das medidas de quarentena defendidas não só pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mas também por prefeitos e governadores. "Os mais pobres não podem deixar de se locomover para buscar o pão de cada dia", disse. Segundo Bolsonaro, "muitas medidas de governadores e prefeitos são de responsabilidade dos mesmos (sic)". "O governo federal não foi consultado sobre amplitude e duração (das medidas)", disse.
Sobre o desgaste com Mandetta, Bolsonaro reforçou: "Todos os ministros devem estar sintonizados comigo". No início da semana, os atritos entre o presidente e o ministro da Saúde por causa de divergências no combate à doença causaram rumores de troca no controle da pasta.
POLÍTICA