Os cofres públicos de Minas Gerais receberam R$ 781,2 milhões, oriundos do pagamento de uma dívida que a empreiteira CR Almeida contraiu junto ao estado. Os valores estão ligados a operações bancárias feitas entre a empresa e o extinto Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge). A ação tramitou por 21 anos na Justiça Estadual do Paraná. A quantia vai ser utilizada para quitar a primeira parcela dos salários de abril do funcionalismo público.
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Denunciado por ato durante pandemia, deputado chama promotora de 'desequilibrada'Após cogitar uso da PM, Doria diz que vigilância sanitária fiscalizará isolamentoSessão sobre flexibilização do comércio tem tumulto na Câmara de BHZema acompanha ministro em visita a laboratórios de pesquisa da UFMG Governo de Minas anuncia parcela de salário de julho dos servidoresOs valores recebidos por Minas Gerais têm relação com um antigo imbróglio travado pela CR Almeida e o estado do Paraná. Em fevereiro deste ano, a Gazeta do Povo noticiou que a empresa havia recebido R$ 2,3 bilhões por conta de um precatório ligado à construção da estrada ferroviária Central do Paraná. Parte dos recursos que entraram na conta da empreiteira foram repassados aos cofres mineiros.
O pagamento da dívida deve atenuar os efeitos causados pela crise imposta pelo coronavírus. Cálculos do governo estimam R$ 7,5 bilhões em perdas de receita, o que equivale a dois meses da folha de pagamento dos servidores.
O pagamento da primeira parcela de abril havia sido anunciado por Zema também na quinta-feira, após a série de reuniões na capital federal, que incluiu, ainda um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O governador, no entanto, não soube dizer, à ocasião, a fonte dos recursos que irão possibilitar a quitação de parte dos vencimentos, marcada para a próxima quarta-feira (15).