"A curva do coronavírus está ficando horizontal", afirmou o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), na manhã desta quarta-feira (15), durante a entrega da segunda etapa da construção do hospital de campanha do Expominas, Região Oeste de Belo Horizonte.
"Apenas 4% dos leitos de UTI do estado estão ocupados por pacientes com COVID-19 nesse momento. Estamos ainda em uma situação confortável, mas nada indica que essa tendência tende a permanecer, como já aconteceu em outros países. Estamos tomando todos os cuidados para que isso não ocorra aqui", ponderou o governador.
O hospital, nas palavras do mandatário, é uma espécie de "reserva" do sistema de saúde para o enfrentamento do surto de COVID-19 "Não podemos enfrentar uma crise dessas sem estepe. Ninguém viaja sem estepe", comparou.
Hospital de Campanha
O local também já tem mobiliário, enxoval hospitalar, adequações elétricas, rede de esgoto e instalações gasométricas.
Segundo o Comandante Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Geovanne Gomes, mais de mil agentes da PM e do Corpo de Bombeiros foram mobilizados para erguer o hospital, que deve começar a receber pacientes no fim de abril.
A idéia, explica o militar, é que o Expominas atenda infectados em recuperação, de maneira a liberar os leitos dos hospitais tradicionais para tratamento de quadros mais graves. "O melhor é que a entrada do paciente aqui não seja necessária. Mas, se entrarem, eles terão a qualidade do tratamento que merecem", disse o comandante.
O implantação e estruturação do hospital de campanha demandou, até o momento, R$ 5,3 milhões em recursos públicos e privados, segundo a SES-MG.
Do investimento total, R$ 4,5 milhões são provenientes de doações financeiras provenientes de parcerias com instituições privadas, como a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). A operação da estrutura será financiada com recursos do estado.