O balanço das contas de Minas Gerais fechou o ano de 2019, primeiro da gestão Romeu Zema (Novo), com déficit de R$ 8,63 bilhões. Como se já não bastasse, a própria administração estadual admite que, com o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (COVID-19), a situação deve ainda piorar e o prejuízo em 2020 pode ter um acréscimo de mais R$ 7,5 bilhões.
O cálculo, segundo o governo, vem dos custos para o enfrentamento da pandemia, somado à redução da arrecadação tributária. A análise foi enviada em prestação de contas à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Nela, o governo estadual ressaltou que buscará decisões visando a saúde e as finanças da população, mesmo que as medidas causem ainda mais dívidas.
“A preocupação do governo, e dos demais Poderes e órgãos do Estado, é a adoção de políticas públicas emergenciais que possam minimizar os impactos na vida das pessoas, no sistema de saúde e nos meios de sustentabilidade socioeconômica do povo mineiro, apesar das repercussões que essas medidas possam vir a causar nas finanças públicas, já bastante deterioradas”, afirma o documento.
O governador afirmou que já vem realizando contingenciamento nas atuais previsões de despesas orçamentárias, sem afetar os serviços públicos essenciais como a saúde, a segurança e os meios possíveis de educação e de assistência social às pessoas em condições de maior vulnerabilidade socioeconômica.
Ainda de acordo com os relatórios encaminhados, a receita total do Estado foi de R$ 99,55 bilhões. Já a despesa somou R$ 108,18, o que resultou no déficit de R$ 8,63 bilhões.
No comparativo entre os exercícios de 2018 e 2019, conforme o documento, houve uma variação positiva de 8,49% no total das receitas, significando um acréscimo em torno de R$ 7,79 bilhões em 2019. A maior fonte de renda continuou sendo o ICMS, que representou 43,91% do arrecadado.