Morreu na noite de quarta-feira (15), em Belo Horizonte, o engenheiro Dario Rutier Duarte, ao 73 anos, que foi um dos principais auxiliares do ex-governador Hélio Garcia (1931/2016) nas duas vezes que ele esteve a frente do Executivo Mineiro - 1983 a 1986 e de 1991 a 1994. Ele faleceu em decorrência de um infarto fulminante, sofrido em casa, às 23 horas.
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Morte de Hélio Garcia encerra um estilo de fazer política em MinasConfira a trajetória do ex-governador Hélio Garcia na política Morre aos 85 anos, em Belo Horizonte, o ex-governador Hélio Garcia Morre Maria Eugênia Murta Lages, colaboradora do ex-governador Hélio GarciaAinda naquele ano, entrou para o Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER-MG), atual Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG), no qual fez carreira. Dario Rutier exerceu várias funções no antigo DER-MG, chegando ao cargo de diretor-geral do órgão.
Ele ganhou a confiança de Hélio Garcia, passando a ser um dos principais conselheiros e integrantes do chamado “núcleo duro” do ex-governador ao lado de outros ex-auxiliares da “raposa” como Evandro de Pádua Abreu e Paulo Paiva. Rutier também foi considerado um “tocador de obras” das gestões do ex-governador.
Além da chefia do antigo DER-MG – então, fortalecido pelos serviços executados em todo interior do estado - no segundo governo de Garcia, ele comandou a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), incorporada pela atual Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais. Apesar da sua “influência palaciana”, o engenheiro sempre foi discreto. Era de falar pouco e avesso às entrevistas.
Ele nunca disputou cargos eletivos, preferindo agir nos bastidores. A discrição, no entanto, não impediu que ele tivesse a sua atuação reconhecida, com o recebimento de diversos títulos de cidadania no interior do estado, resultado do atendimento aos pedidos de obras solicitadas por prefeitos e outras lideranças locais.
O engenheiro nunca perdeu o vínculo com o antigo DER-MG, sendo que, ultimamente, presidia a cooperativa de consumo dos servidores do órgão, a Coopeder. Ele realizou um trabalho de recuperação da entidade, que enfrentava dificuldades financeiras. Conforme a família, embora tivesse nascido em Juiz de Fora, Dario Rutier dizia que “o seu coração era de Montes Claros”, no Norte de Minas, onde trabalhou profissionalmente, após “aposentadoria” dos cargos públicos. Atendendo a um pedido, feito em vida, as cinzas da cremação do corpo engenheiro serão lançadas nas águas do Rio São Francisco, perto da cidade-polo do Norte do estado.