Demitido do Ministério da Saúde na tarde desta quinta-feira, Luiz Henrique Mandetta convocou a imprensa para um pronunciamento de despedida. Em uma declaração de quase 30 minutos, o agora ex-ministro agradeceu nominalmente os colegas de trabalho e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a quem evitou criticar, apesar das discordâncias em relação ao enfrentamento ao novo coronavírus no Brasil.
"Agradeço muito ao presidente. A conversa que tive com ele hoje foi extremamente amistosa, agradável. Pelo que eu posso entregar agora, pela maneira que eu posso entregar agora na condução do ministério, realmente é melhor que ele organize uma equipe que possa construir outro olhar e que isso possa ser feito com base também na ciência. Deixo esse Ministério da Saúde com muita gratidão ao presidente por ter me nominado", disse.
A "maneira que posso entregar agora", citada por Mandetta, é referência ao principal ponto de discordância entre o Ministério da Saúde e Jair Bolsonaro. Desde o primeiro caso de COVID-19 no Brasil, a pasta tem seguido recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e orientado um confinamento mais abrangente, que inclua a maioria da população, com o objetivo de evitar mortes e sobrecarga no sistema de saúde.
Já Bolsonaro, com o propósito de reduzir danos econômicos, defende o chamado “isolamento vertical”, em que apenas aqueles que estão em grupos de risco (idosos e pessoas com doenças crônicas) devem ficar em casa. Mandetta disse entender as motivações do presidente.
"Sei da dificuldade, do peso da responsabilidade dele, do peso que é você decidir em que momento a economia deve retomar à sua normalidade, o impacto disso no emprego de milhões de pessoas. O presidente é extremamente humanista. Ele pensa também nesse momento todo pós-corona. Tenho certeza que o nosso senhor Jesus Cristo vai iluminá-lo e vai abençoá-lo para que ele possa tomar as melhores decisões em prol do país", disse.
"Não tenham medo. Não façam um milímetro diferente do que vocês sabem fazer. Deixo esse Ministério da Saúde com muita gratidão ao presidente por ter me nominado e por ter me deixado nominado vocês. Sei que deixo aqui a melhor equipe. Trabalhem para o próximo ministro tal qual vocês trabalharam para mim. Ajudem, não meçam esforços", disse o agora ex-ministro.
Mandetta frisou ainda que é "só o começo dessa batalha" brasileira no enfrentamento à pandemia. "Tenho a mais absoluta certeza que a gente fez e lutou um bom combate até aqui. Só que estamos só no começo dessa batalha. Deixo esse cenário, mas vocês têm que ficar, por força do ofício de ser servidor público. Vocês sabem que ministros passam. O que fica é o trabalho do servidor do Ministério da Saúde do Brasil. Vocês agora são os responsáveis de fazer essa transição. Que ela seja suave, profícua, que nós tenhamos um bom resultado ao término disso tudo", completou.
Por fim, Mandetta ainda agradeceu os demais poderes públicos e a própria imprensa, que acompanhava o pronunciamento e, a pedido do ex-ministro, não pôde fazer perguntas. "Sem vocês, com certeza o país não teria chegado nessa primeira etapa, que conseguimos não deixar aquela curva íngreme causar mais sofrimento, morte e desengano", disse.
"Agradeço muito ao presidente. A conversa que tive com ele hoje foi extremamente amistosa, agradável. Pelo que eu posso entregar agora, pela maneira que eu posso entregar agora na condução do ministério, realmente é melhor que ele organize uma equipe que possa construir outro olhar e que isso possa ser feito com base também na ciência. Deixo esse Ministério da Saúde com muita gratidão ao presidente por ter me nominado", disse.
A "maneira que posso entregar agora", citada por Mandetta, é referência ao principal ponto de discordância entre o Ministério da Saúde e Jair Bolsonaro. Desde o primeiro caso de COVID-19 no Brasil, a pasta tem seguido recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e orientado um confinamento mais abrangente, que inclua a maioria da população, com o objetivo de evitar mortes e sobrecarga no sistema de saúde.
Já Bolsonaro, com o propósito de reduzir danos econômicos, defende o chamado “isolamento vertical”, em que apenas aqueles que estão em grupos de risco (idosos e pessoas com doenças crônicas) devem ficar em casa. Mandetta disse entender as motivações do presidente.
"Sei da dificuldade, do peso da responsabilidade dele, do peso que é você decidir em que momento a economia deve retomar à sua normalidade, o impacto disso no emprego de milhões de pessoas. O presidente é extremamente humanista. Ele pensa também nesse momento todo pós-corona. Tenho certeza que o nosso senhor Jesus Cristo vai iluminá-lo e vai abençoá-lo para que ele possa tomar as melhores decisões em prol do país", disse.
"Começo da batalha"
Ao agradecer os colegas de ministério - que o aplaudiram de pé na chegada ao pronunciamento -, Mandetta pediu "aos que ficam" que "não meçam esforços" no trabalho com o novo ministro. O substituto é o oncologista Nelson Teich."Não tenham medo. Não façam um milímetro diferente do que vocês sabem fazer. Deixo esse Ministério da Saúde com muita gratidão ao presidente por ter me nominado e por ter me deixado nominado vocês. Sei que deixo aqui a melhor equipe. Trabalhem para o próximo ministro tal qual vocês trabalharam para mim. Ajudem, não meçam esforços", disse o agora ex-ministro.
Mandetta frisou ainda que é "só o começo dessa batalha" brasileira no enfrentamento à pandemia. "Tenho a mais absoluta certeza que a gente fez e lutou um bom combate até aqui. Só que estamos só no começo dessa batalha. Deixo esse cenário, mas vocês têm que ficar, por força do ofício de ser servidor público. Vocês sabem que ministros passam. O que fica é o trabalho do servidor do Ministério da Saúde do Brasil. Vocês agora são os responsáveis de fazer essa transição. Que ela seja suave, profícua, que nós tenhamos um bom resultado ao término disso tudo", completou.
Por fim, Mandetta ainda agradeceu os demais poderes públicos e a própria imprensa, que acompanhava o pronunciamento e, a pedido do ex-ministro, não pôde fazer perguntas. "Sem vocês, com certeza o país não teria chegado nessa primeira etapa, que conseguimos não deixar aquela curva íngreme causar mais sofrimento, morte e desengano", disse.