O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, ressaltou a importância de acompanhar a evolução do novo coronavírus para se ter domínio da doença e aplicar políticas e ações eficazes. “A gente trabalha em um mar de extrema incerteza, temos conhecimento pequeno da doença”, afirmou o oncologista em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, na TV Bandeirantes.
Quando questionado acerca do momento em que o Brasil vai atingir o pico da doença, o ministro afirmou que “quem te disser que sabe, está mentindo”, e reforçou a necessidade de acompanhar a situação da pandemia para entender os futuros reflexos.
Em relação ao isolamento social, Teich e comentou que se perdurar por muito tempo, as pessoas podem começar a descumpri-lo pela necessidade de se locomover e interagir. Com isso, esclareceu que o ideal é que todas as medidas sejam tomadas de forma estratégica, baseada em informações, para que as consequências das ações sejam claras.
O novo ministro afirmou que saúde e economia caminham juntas pelo fato de ambas influenciarem na qualidade de vida da população. “Como não sabemos exatamente a consequência disso (flexibilização), a gente vai ter que acompanhar e ver o que vai acontecer para avaliar as possibilidades”.
No entanto, ressaltou que apesar de o Brasil estar um pouco atrasado na pandemia em relação a outros locais, há características específicas de cada país que devem ser levadas em consideração. “Podendo ver o que aconteceu em outros lugares não quer dizer que aquilo vai se aplicar 100% no Brasil. Independentemente de poder seguir coisas que acontecem fora, tem que acompanhar os números e dados de informação brasileira para entender o que é essa doença no nosso país”.
Sobre a hidroxicloroquina e outros remédios que estão sendo estudados para o tratamento do coronavírus, Nelson Telch esclareceu que “toda medicação nova tem que ser testada. A hora que tiver uma coisa clara sobre eficácia, sobre benefício e indicação, estará disponível para todo mundo”.