O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao discursar na posse do ministro da Saúde, Nelson Teich, nesta sexta-feira (17), disse que assume o risco de reabrir o comércio. "Abrir o comércio é um risco que eu corro: se agravar, vai cair no meu colo", disse Bolsonaro.
Bolsonaro disse que, para ele, hoje é um dia "de alegria, de agradecimentos e cumprimentos" e comparou o governo a um time. "Jogadores são substituídos. Às vezes por cansaço. Não há demérito para ninguém", afirmou. E que Mandetta fez "o que acreditava que devia ser feito" e que estava deixando o Ministério da Saúde "de consciência tranquila".
No entanto, destacou o presidente, apesar dessa avaliação que ele faz do ex-ministro, ele, Bolsonaro, "tem uma visão mais ampla". "Tenho mais responsabilidade e o efeito colateral ( do enfrentamento da pandemia do coronavírus) não pode ser mais danoso que o próprio remédio".
Com esse racocínio, ele enfatizou que no embate entre Mandetta e ele "não há vitoriosos nem derrotados". Em seguida, disse que "a briga para reabrir o comércio é um risco que pode vir para o meu colo"
Recado para o novo ministro
Bolsonaro disse ao novo ministro que ''o sucesso dele de poupar vidas" deve caminhar junto para que "pessoas não sejam jogadas ao desemprego". O presidente destacou que essa é a alternativa que se busca hoje em seu governo.