Um dos principais alvos dos manifestantes neste domingo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), repudiou os atos que ocorreram contra o Congresso Nacional e em defesa de um novo golpe militar no país, com a participação do presidente Jair Bolsonaro. Pelo Twitter, Maia afirmou que pregar uma ruptura democrática durante a pandemia do novo coronavírus é uma "crueldade imperdoável" com as famílias das vítimas fatais da doença, que já chegam a quase 2.500 pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde.
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"Defender a ditadura é estimular a desordem. É flertar com o caos. Pois é o Estado Democrático de Direito que dá ao Brasil um ordenamento jurídico capaz de fazer o País avançar com transparência e justiça social", disse Maia na rede social.
"São, ao todo, 2.462 mortes registradas no Brasil. Pregar uma ruptura democrática diante dessas mortes é uma crueldade imperdoável com as famílias das vítimas e um desprezo com doentes e desempregados", escreveu o presidente da Câmara na sequência.