O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou por meio do Facebook, nesta quinta-feira (23/4), que o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, realizou o anúncio da antecipação da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 sem autorização do governo. O chefe do Executivo escreveu a justificativa a um dos apoiadores internautas que o questionava se o auxílio havia sido cancelado.
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"Nada foi cancelado. Um ministro anunciou sem estar autorizado, que iria antecipar a segunda parcela. Primeiro se deve pagar a todos a primeira parcela, depois o dinheiro depende de crédito suplementar já que ultrapassou em quase 10 milhões o número de requerentes. Tudo será pago no planejado pela Caixa", respondeu Bolsonaro. O ministro que fez o anúncio é Lorenzoni.
Na noite de quarta-feira (22/4), o governo federal cancelou a antecipação da segunda parcela do auxílio emergencial. Em nota divulgada às 20h, o Ministério da Cidadania afirmou que, devido ao alto número de cadastros e à ordem do governo de não deixar ninguém para trás, o pagamento foi inviabilizado. "Todas as expectativas foram superadas e tornou-se imperativo solicitar crédito suplementar para poder completar o atendimento a todos", pontua um trecho da nota. Apesar disso, a pasta garante que todos aqueles que estiverem aptos ao benefício vão recebê-lo.
Promessa de rapidez
Inicialmente, o pagamento da segunda parcela estava previsto para 15 de maio. Na última segunda-feira (20/4), no entanto, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, fez o anúncio da antecipação em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, ao lado do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.
Na ocasião, ele afirmou que o banco tem capacidade de realizar os pagamentos em uma velocidade mais rápida do que a análise dos cadastros, realizada pela Dataprev. "A Dataprev tem um trabalho excelente, mas podemos pagar mais rápido. Como não recebemos a base de dados, sim, antecipamos o pagamento", disse o presidente da CEF na ocasião.