A versão oficial é que a demissão do cargo teria ocorrido a pedido de Valeixo e com a anuência do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que, por sua vez, também ameaçou deixar o cargo, nessa quinta-feira (23), caso o delegado fosse exonerado.
Há mais de um ano, o presidente vem manifestando o seu desejo de trocar o comando-geral da Polícia Federal. O projeto do presidente começou com o cargo da PF no Rio de Janeiro, onde um de seus cinco filhos, o senador Flávio Bolsonaro, é alvo de processo sobre esquema conhecido como 'rachadinha'- assim denominado acerto fraudulento de contratação de assessores sob condição de abrirem mão de parte do salário em favor de quem o contratou.
Ex-deputado estadual pelo Rio de Janeiro, Flávio tem sido apontado pela Polícia Federal como beneficiário desse esquema utilizado em seu gabinete na Assembleia Legislativa.
Nesta semana, outros dois filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro apareceram em investigações sob comando da Polícia Federal.
A PF suspeita que Carlos e Eduardo são responsáveis pelo comando de uma rede de fake news, disseminados nas redes sociais, contra o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, que insuflaram inclusive atos país afora, no domingo (19), de manifestantes pedindo o fechamento das duas instituições, a volta do AI-5 e da ditadura militar.
Em um dos atos, em Brasília, o presidente da República participou com discurso afirmando que entendia o pedido dos manifestantes.